sexta-feira, 11 de novembro de 2011

[SINAPSE] CBN SP - coluna Liberdade de Expressão - Coni: Al Capone (Chicago) x 'Nem' (Rocinha) x Papa (Roma) - quais as semelhanças ? E o que podemos aprender delas para lidarmos melhor com o Tráfico e a Violência das Drogas?

O Coni,  nesta manhã (10/11/2011), comentando sobre a prisão do ‘Nem’ – o chefe do tráfico da Rocinha / RJ –fez uma colocação interessante:



“A história prova que prender os ‘chefes’ não desarticula movimentos socioeconômicos poderosos:
·         Os imperadores de Roma prenderam, torturaram e executaram 50 papas, anunciando, mais de uma vez, que ‘não havia mais cristãos no Império Romano’ – os subversivos da ordem constituída de então – até se convencerem que deviam cooptar o movimento cristão, tornando o Cristianismo – como todo ‘ismo’, expurgado de muitas idéias, de seus líderes - Jesus e seus discípulos - perigosas para o Sistema (a ‘Matrix’?) – a religião oficial do Império e assumindo o Imperador como Papa.
·         Durante a Lei Seca, em Chicago, os ‘incorruptíveis agentes do FBI’ – e isso rendeu muitos filmes para Holliwood – prenderam muitos dos ‘chefões’ do tráfico de bebidas alcoólicas. E isso não acabou com a bebida e a violência decorrente do seu tráfico. Na verdade, a Lei Seca é que foi revogada, adotando-se um tratamento de longo prazo para os males do álcool. Processo em curso até hoje: vide nossa nova versão da ‘Lei Seca’ aprovada, ontem, pelo Senado. [1]
·         Também nossos ‘incorruptíveis agentes da PF e unidades especiais estaduais’ tem prendido e executado os maiores ‘chefões’ do tráfico de entorpecentes – aliás: o que faz parte da sociedade precisar se entorpecer [2], consumindo drogas (lícitas ou ilícitas) para suportar seu dia a dia, em todas as classes sociais? E o problema só se agrava: a droga fica mais cara, mais rentável, seu comércio mais violento e mais corruptor dos funcionários dos 3 poderes (Tropa de Elite 2 [3]), atraindo novos ‘investidores’ (lembremos de artistas e jogadores de futebol ‘pegos com a mão na cumbuca’). E, para cada prisão de um Investidor do Tráfico - um dos negócios mais rentáveis do Mundo - devem existir vários não detectados, nos bairros nobres de nossas cidades. E para cada ‘chefe / operário’ do tráfico preso ou morto nas favelas / comunidades, outros logo assumem o posto, mantendo o negócio em expansão acelerada.”
“Loucura é continuar agindo do mesmo modo, com cada vez mais custos e esforços,  e esperar resultados diferentes (desta vez vai funcionar...).”
Recomendo ouvir este comentário em:

 

CBN – Mílton Jung » liberdade de expressãohttp://colunas.cbn.globoradio.globo.com/platb/miltonjung/tag/liberdade-de-expressao/  

Recomendo também abandonarmos a hipocrisia e – lembrando sempre que há muitos interesses poderosos dependente desta Guerra às Drogas (ex.: Econômicos, na Mídia, Políticos e nas Forças da Ordem / Repressão [3]) -  refletirmos, a sério, sobre o assunto. Um bom começo é o documentário:
02/06/2011 - 17h04

Com FHC, "Quebrando o Tabu" discute a descriminalização do uso de drogas

O mundo perdeu a guerra contra as drogas e as experiências de tolerância zero adotadas, em especial pelos Estados Unidos, se mostram ineficientes. Pior: a repressão aos usuários - vistos como bandidos, não como doentes - não apenas reforça os equívocos dos métodos utilizados, como ampliam a crise social provocada pela dependência química.

SAIBA MAIS

·         Ficha de "Quebrando o Tabu"http://img.uol.com.br/ico_ler.gif
·         Estreias da semanahttp://img.uol.com.br/ico_ler.gif
Em linhas gerais, essas são as questões que o diretor Fernando Grostein Andrade traz para o debate com o documentário "Quebrando o Tabu". Conhecido por "Coração Vagabundo", no qual segue uma turnê de Caetano Veloso pelo mundo, o jovem cineasta quer agora iniciar um diálogo social sobre as drogas, principalmente no que tange à descriminalização do usuário da maconha.
Para isso, chamou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para ser âncora de seu filme. Ele estabelece uma linha de credibilidade ao que é apresentado na tela, juntamente com depoimentos dos ex-presidentes dos EUA Bill Clinton e Jimmy Carter, além de famosos como o escritor Paulo Coelho, o ator mexicano Gael Garcia Bernal e o oncologista Drauzio Varella, entre outros.
O diretor acerta em não fazer um filme panfletário, nem de apologia ao consumo de maconha, disfarçado de direito à liberdade individual. Além de apresentar os fatos como são, por meio de um cioso trabalho de pesquisa, joga luz em experiências que deram certo e errado no mundo na questão do tratamento dedicado aos dependentes.

TRAILER DO FILME ''QUEBRANDO O TABU''

Um exemplo são os cafés holandeses, que vendem maconha legalmente para o consumo de seus clientes, mas, paradoxalmente, precisam comprar ilegalmente o entorpecente de traficantes. Outro é o projeto português de despenalização do consumo de drogas. Quem é flagrado portando alguma substância é levado a um comitê, que analisa o caso e prescreve um melhor tratamento de desintoxicação, pago pelo governo.
O filme, enfim, não é uma tese, cuja conclusão se chega ao final da projeção. Como o próprio autor defende, é o início de uma discussão sobre o tema com dados e indicadores - em que as animações representam uma boa saída. Longe de seu conteúdo social, o documentário se mostra bem produzido, leve (apesar da gravidade do que se apresenta) e conduzido de forma eficaz.
No entanto, o que se percebe também em "Quebrando o Tabu" é a falta de um gancho forte, de uma polêmica sincera. De algo que possa retirar os espectadores da catarse provocada pela opinião de que determinados assuntos não têm solução. Nesse sentido, a ambição de promover um debate nacional sobre o tema perde força.
(Por Rodrigo Zavala, do Cineweb)
* As opiniões expressas são responsabilidade do Cineweb


[1] Claudio: os Alcoólicos Anônimos, a restrição da propaganda e as taxações punitivas (altos impostos sobre Álcool e Fumo) tem sido muito mais eficientes na condução do assunto Bebidas / Fumos –duas drogas lícitas que provocam muito mais danos sociais e econômicos que as chamadas drogas ilícitas –que provocam tanta corrupção e violência globalmente. Pela Lei do Mercado: em qualquer negócio, quanto maior o risco maior o lucro dos negociantes.


Verbo

1.    causar entorpecimento ou torpor
2.    ficar entorpecido ou com torpor
3.    retardar ou impedir o movimento
4.    perder a atividade

[3] O filme Tropa de Elite 2 é muito didático sobre o assunto.


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Atenciosamente.
Claudio Estevam Próspero 
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