terça-feira, 17 de abril de 2012

Quem são os responsáveis (VILÕES) pelo Tietê "fedorento" e doentio com que muitas comunidades da Região Metropolitana de SP tem(?) que conviver ??? Existe uma Promotoria que poderia RESPONSABILIZAR OS PREFEITOS E CÂMARAS ???


O atraso no PAC ganha contornos piores quando confrontado com o Atlas de
Saneamento 2011, do IBGE. Em 2008, 55,1% dos municípios tinham coleta de

Programa de atraso no saneamento
Autor(es): agência o globo:Alessandra Duarte
O Globo - 01/04/2012
Só 7% de 114 obras no PAC estão prontas e 60%, atrasadas, paralisadas ou não iniciadas



E o que pode ser feito, com relativa rapidez (4 anos!!!):  De 4,9% (2009) para (previstos) 70% em 2013 !!!!
21/03/2012
Barueri já tem mais de 50% de esgoto tratado
clique na imagem para ampliar  
http://www.barueri.sp.gov.br/sistemas/informativos/img/153191.JPG
Obras para tratar todo o esgoto coletado em Barueri
Com a interligação do coletor secundário do córrego Aníbal Correia, entre o Jardim Paulista e o Parque Viana, ao coletor-tronco Cotia, Barueri supera 50% de esgoto tratado. O índice amplia o investimento em saneamento básico no município, visando alcançar 70% até o final deste ano.

O resultado já conquistado e o índice previsto estão inseridos no Plano de Universalização de Esgoto, programa desenvolvido em Barueri mediante convênio da Prefeitura de Barueri com a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo).

Dentre as obras para tratamento de esgoto em construção, a Prefeitura de Barueri é responsável pela implantação do coletor secundário do córrego lajeado, entre o Jardim Líbano e o Jardim Júlio (bairro Votupoca), e por parte do córrego Garcia (regiões de Alphaville e Parque Imperial).

Já a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo está executando obras de coletores margeando o rio Barueri-Mirim, no Centro, e os córregos Itaquiti (bairro Belval), Aldeia de Barueri; Audir, Santa Mônica e Laranja Azeda (bairro Silveira). As oito obras em construção estão previstas para conclusão no primeiro e segundo semestres deste ano.

A parceria entre a Prefeitura e a Sabesp consiste ainda na execução de obras em outros bairros de Barueri. “O problema com esgoto é questão de saúde pública. Por isso estamos investindo nessa área para melhorar a qualidade de vida e garantir mais infraestrutura à nossa a população”, destacou o prefeito de Barueri.
Fotos
http://www.barueri.sp.gov.br/sistemas/informativos/img/153191.JPG
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http://www.barueri.sp.gov.br/sistemas/informativos/img/153193.jpg

Secretaria de Comunicação Social

No post anterior sobre Campinas, falei nos setores que ainda precisam de saneamento. São os mais pobres e talvez os que menos acompanham os escândalos políticos.
Mas é interessante notar que mesmo os que já têm saneamento básico perdem com sua ausência em outras áreas. No caso de Campinas, leio que o Rio Atibaia é a fonte de abastecimento de 98 por cento de Campinas. E que a água precisa de muito tratamento para chegar limpa às torneiras.
A falta de saneamento sobrecarrega o setor de saúde pois, segundo a OMS, um real investido seriamente no setor poupa quatro reais em saúde.
Mas o impacto  da falta de saneamento no custo da água limpa também pode ser grande. Não só fica mais caro usar a água dos rios , mas a sujeira também aumenta a quantidade de produtos químicos necessários para sua purificação.
Escândalo e encontro nacional da ASSEMAE fazem de Campinas a cidade exata para debater os problemas de saneamento básico no Brasil. Mesmo porque, apesar dos escândalos, o serviço funciona, levando em conta os padrões nacionais. Leio no site da SANASA que a empresa é sempre convidada a debater novas técnicas de saneamento pois é considerada uma das melhores.
Foi a própria UNICAMP, financiada pela SABESP, que fez um estudo pioneiro sobre a importância econômica do setor de saneamento no Brasil. Ele já movimenta R$20 bilhões anuais e pode crescer muito, diante das necessidades do pais.
Desviar dinheiro dessa área é algo que desconstrói a idéia de um governo popular e  de um partido voltado para os trabalhadores. De um modo geral, os escândalos se sucedem no Brasil ; quando um é esquecido ,aí então, surge um novo . Nesse momento, há uma superposição de escândalos, começando pelo que envolve o ministro Palocci e agora se alastrando para um dos seus assessores, Branislav Kontic que também tem uma empresa de consultoria, segundo a manchete do Globo.
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(06/10/2011 - 12h20)
BOLETIM APONTA SITUAÇÃO DO SANEAMENTO BÁSICO NA RMSP                                                                  PDF     

http://www.camara.sp.gov.br/novo/images/stories/linkedin.jpg
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A edição de outubro do Boletim Metropolitano de Conjuntura Social e Econômica, produzido pela Câmara Municipal, traz informações sobre o saneamento básico nos 39 municípios da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP).
Segundo o estudo, que cita dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) relativos ao ano de 2009, na média, 95% da população da RMSP era atendida em 2009 com os serviços de abastecimento de água e 81% com coleta de esgoto.
Sobre o atendimento de água, 14 das 39 cidades apresentaram índice inferior à média nacional (de 81,7%) e somente quatro atingiram o abastecimento total, de 100% da população (São Caetano do Sul, Santo André, Taboão da Serra e Cotia).  
Quanto à captação de esgoto, 13 municípios ficaram abaixo do índice nacional (44,5%), e apenas São Caetano do Sul apresentou em 2009 o atendimento total.
O boletim aponta ainda que o índice de tratamento de esgoto na Região Metropolitana era de 60,8% em 2009, sendo que em nove cidades não existia naquele ano qualquer serviço de tratamento.
O BOLETIM
Produzido pela Consultoria Técnica de Economia e Orçamento da Câmara Municipal, o boletim de outubro traz também uma análise da conjuntura econômica da Região Metropolitana de São Paulo e da execução orçamentária dos 39 municípios.
Para ler a íntegra do estudo, clique aqui.
pdf_cmsp
(06/10/2011 - 12h20)

22/08/2011
Vereadores de Santana de Parnaíba participam da 2ª reunião do ParlaMet
Na ocasião, os parlamentares assinaram um documento para realização do Pacto Sócio Territorial de Saneamento para a Promoção da Cidadania, além de um Plano Estratégico de Saneamento da Região Metropolitana de São Paulo com os Ministérios do Meio Ambiente e das Cidades

Nesta segunda-feira, (22/08), foi realizada na Câmara de Osasco a segunda reunião dos representantes das 39 cidades que integram o Parlamento Metropolitano (ParlaMet), esta criada com o intuito de ajudar a solucionar problemas comuns dos municípios.
(...)
Os temas abordados neste encontro foram “Saneamento Básico”, “Relação do Tribunal de Contas e as Câmaras Municipais” e “Informe sobre a Emenda 58”, este referente ao aumento do número de vereadores na próxima Legislatura.

“Em Santana de Parnaíba, assim como na nossa Região Oeste o problema mais nítido é o descaso da Companhia de Saneamento Básico São Paulo (Sabesp) que contribui para a poluição do rio Tietê. A falta de tratamento de esgoto e a pequena porcentagem de coleta agravam o problema do rio, assim como prejudica a saúde das pessoas. Isso sem falar da questão turística. As cidades perdem em todos os sentidos”, disse Régis Salles.

Na ocasião, os parlamentares assinaram um documento para trabalharem na promoção de um Pacto Sócio Territorial de Saneamento para a Promoção da Cidadania, além de um Plano Estratégico de Saneamento da Região Metropolitana de São Paulo com os Ministérios do Meio Ambiente e das Cidades. “Com a integração dos 39 municípios, queremos que no futuro possamos oferecer aos nossos rios uma condição melhor. Não é só tirar o esgoto do rio Tietê, é tratar”, disse Police Neto sobre um dos problemas com o saneamento, explicou o presidente do Legislativo paulistano, José Police Neto (PSDB).

Para o anfitrião do encontro, o presidente da Câmara de Osasco Aluisio Pinheiro (PT), o acordo traz condições para que a Lei Federal 12.305/10, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, seja cumprida. “Osasco tem o seu Plano Municipal de Saneamento Básico. Esperamos que os vereadores possam falar sobre a sua experiência. Carapicuíba, por exemplo, é vítima do descaso da Lagoa que novamente está tendo o lixo do rio Tietê depositado”, disse.

Durante a palestra sobre “Saneamento Básico”, o secretário Nacional de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente, Nabil Bonduki, que foi vereador de São Paulo de 2001 a 2004, explicou que o objetivo da Lei Federal é acabar com os lixões até agosto de 2014 e ainda implantar a logística reversa. “É fundamental pela Lei Federal que haja contato entre o município e a empresa contratada, assim como se estabeleça metas e planos de desenvolvimento dos serviços de modo que o município tenha condições de controlar a ampliação do serviço. Lembrando que o saneamento inclui água, esgoto, drenagem e resíduos sólidos.”
(...)

PDF

Flávia Villela   
Qua, 19 de Outubro de 2011 16:05
Rio de Janeiro, 19/10/2011 (Agência Brasil) - As políticas públicas de saneamento básico, sobretudo as voltadas à implantação e ampliação de redes coletoras de esgotos, não conseguiram, na última década, acompanhar o crescimento demográfico da população brasileira nas áreas urbanas. A falta de sistemas de esgotamento sanitário atinge quase metade (44,8%) dos municípios brasileiros. A Região Norte é a que apresenta a situação mais grave. Apenas 3,5% dos domicílios de 13% dos municípios da região têm acesso à rede coletora de esgoto.
A informação faz parte do Atlas do Saneamento 2011 do Instituto de Geografia e Estatística (IBGE) divulgado hoje (19), com base na Pesquisa Nacional de Saneamento Básico de 2008. A pesquisa aponta que, dos serviços de saneamento, o esgotamento sanitário é o que apresenta menor abrangência municipal. Em 2008, 68,8% do esgoto coletado no país recebeu tratamento. Essa quantidade, porém , foi processada por apenas 28,5% dos municípios brasileiros, confirmando acentuadas diferenças regionais. Enquanto 78,4% das cidades paulistas ofertam sistemas de coleta e tratamento de esgotos à população, no Maranhão esse percentual é só 1,4%.
São Paulo é o único estado em que quase todos os municípios aparecem providos de rede coletora de esgoto, com exceção de Itapura (no noroeste do estado). Acre, Amazonas, Alagoas, Minas Gerais e Rio Grande do Sul apresentam taxa inferior a 50% de municípios assistidos.
A maioria dos municípios sem sistema está em áreas rurais e tem população dispersa, menos de 80 habitantes por quilômetro quadrado. Nesses locais, os dejetos são jogados em fossas sépticas, valas a céu aberto, fossas rudimentares ou diretamente em rios, lagoas, riachos ou no mar.
Quase todas as cidades brasileiras têm rede de água, mas em 41% delas, nada sai das torneiras
Embora o serviço de abastecimento de água já beneficie quase todas as cidades brasileiras (99,4%), quase um quarto (23%) delas ainda sofre com racionamento. Em 41% dos municípios que contam com rede de distribuição, o desabastecimento dura o ano todo, motivado, principalmente (66%), por secas ou estiagem.
A informação consta do Atlas do Saneamento 2011, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O documento dá uma dimensão territorial às informações da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico de 2008 (PNSB 2008), apresentada no ano passado.
Os dados também revelam desigualdades em termos de abastecimento entre as regiões. Em 2008, dos 5.564 municípios do país, 33, concentrados no Norte e no Nordeste, ainda não dispunham de redes gerais abastecimento de água, sendo 11 na Paraíba. A pesquisa aponta que esse número vem diminuindo ao longo dos anos: de 4,1% em 1998 para 0,6% em 2008.
Ainda segundo o IBGE, em 46,8% dos municípios, o abastecimento de água por rede geral é de responsabilidade de sociedades de economia mista. Em 249, entidades privadas prestam o serviço.
O documento também traz informações sobre o volume diário de água distribuída per capita no país, que segundo o IBGE, é "um bom indicador da eficiência do serviço de abastecimento por rede geral". Em 2008, esse volume foi 0,32 metros cúbicos (m³), o que corresponde ao consumo diário de 320 litros por pessoa, um aumento de 0,12 m³ no volume médio do país em relação a 1989. A Região Sudeste foi a que registrou a maior elevação, com a distribuição média diária de 0,45 m³ per capita em 2008.
Desperdício de água tratada pode chegar a 50% nas grandes cidades só com vazamentos da rede
Por causa de vazamentos, grande volume de água se perde no Brasil entre a captação e a torneira do consumidor, principalmente nas grandes cidades. De acordo com dados do Atlas do Saneamento 2011, divulgado hoje (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), seis em cada dez municípios com mais de 100 mil habitantes apresentam perdas entre 20% e 50% do volume de água captada. Nas cidades com população inferior, a perda fica em torno de 20%.
Segundo Daniela dos Santos Barreto, uma das pesquisadoras do projeto, esse é um problema grave que pode ser ainda maior. "Em tempos de escassez de água, essas perdas são um problema sério, causadas por vários fatores como insuficiência do sistema, redes antigas e sem manutenção adequada, além de furtos de água. Com tudo isso, o volume que se perde é até difícil de ser mensurado pelas operadoras e pode ser ainda maior.
O Atlas revela, ainda, que a água fornecida à população brasileira pela rede geral é obtida, sobretudo, pela captação em poços profundos - como ocorre em 64,1% dos municípios brasileiros - e pela captação superficial (56,7%). A água também pode ser obtida por meio de captação em poço raso ou via adutora de água bruta ou adutora de água tratada provenientes de outro distrito ou município.
Em 2008, em todas as regiões do país, a água disponibilizada à população por meio de rede geral recebeu algum tipo de tratamento. Na Região Norte, entretanto, o avanço alcançado no percentual de água tratada distribuída à população, que passou de 67,6%, em 2000, para 74,3%, em 2008, não foi suficiente para que a região se aproximasse dos índices nacionais porque a quantidade de água que não recebe nenhum tipo de tratamento, 25,6% de toda a água distribuída à população, ainda permanece bem acima dos 7,1% que representam a média nacional.
Nas demais regiões, mais de 90% da água distribuída recebe algum tipo de tratamento. A Região Sul, por sua vez, teve um incremento de 10% no volume de água distribuída à população, porém, não teve um acompanhamento no percentual de água tratada.
O estudo mostra que 78% dos municípios brasileiros investem em melhorias na rede de distribuição de água e a Região Sul é a que apresenta o maior percentual de municípios que se incluem nessa situação (86,4%), de investir em melhorias nesse serviço público. Outra parte do processo de abastecimento que vem recebendo grande investimento por parte da maioria dos municípios (67,8%) é o das ligações prediais.
Além disso, estão sendo feitas, em menor escala, melhorias na captação (49,5% dos municípios); no tratamento (43,7%); na reservação (36,1%) e na adução (19,9% dos municípios brasileiros).
Entidades não governamentais são responsáveis pelo abastecimento de água em 60% das cidades brasileiras
A existência de instrumento regulador do sistema de esgotamento sanitário ainda é incipiente em todas as regiões brasileiras. Na Região Sudeste, apenas 30% dos seus municípios detêm leis para regular a questão do saneamento. No Norte, o percentual cai para menos de 5%.
O Atlas do Saneamento 2011, divulgado hoje (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), destaca esses e outros dados a partir de uma releitura da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico 2008 (PNSB).
O serviço de abastecimento de água é responsabilidade de entidades não governamentais em 58,2% dos municípios brasileiros, e em 24,7% deles o serviço é feito de forma combinada (24,7%). Somente 17% das prefeituras do país fornecem água à população de forma exclusiva.
Menos de 10% dos municípios das regiões Norte e Nordeste têm algum órgão responsável pelo serviço de esgotamento sanitário. Em 70% dos municípios com algum órgão responsável pelo esgotamento sanitário, as prefeituras fazem também o manejo do lixo, à exceção da Região Sudeste.
De acordo com uma das pesquisadoras do projeto Daniela Santos Barreto, os dados mostram uma enorme desigualdade dentro de uma mesma região metropolitana no que diz respeito à instrumentos de fiscalização, monitoramento e avaliação desse serviço.
"Em tese, as regiões metropolitanas são grupos de municípios que têm uma identidade política e nível de desenvolvimento e urbanização semelhantes. Mas ao ver os dados identificamos cidades com baixíssima presença de instrumentos de gestão e outras com legislação municipal específica sobre o assunto e uma política de saneamento bem definida."
O manejo de águas pluviais foi gerido, na maior parte dos municípios brasileiros, pela própria prefeitura, à exceção daqueles no norte do Pará. O manejo de resíduos também ficou a cargo das prefeituras, majoritariamente, nas regiões Norte, Centro-Oeste e Nordeste. Nas regiões Sul e Sudeste, o serviço foi prestado com a participação de órgãos de mais de uma esfera administrativa.
A cobrança pelos serviços de saneamento básico ocorre em mais de 70% dos municípios da Região Sul. Já a cobrança pelo serviço de manejo de resíduos sólidos é bastante significativa na Região Sudeste, à exceção das cidades localizadas na parte norte de Minas Gerais. Nas demais regiões e no interior, a cobrança quase não existe.
Além disso, segundo o estudo, mais de 40% dos municípios da Região Norte não previam no orçamento municipal verba para o manejo de resíduos sólidos. Na Região Sul, mais de 80% dos municípios reservaram parte do seu orçamento para esse tipo de serviço.
Flávia Villela é repórter da Agência Brasil


Número de internações por doenças decorrentes da falta de saneamento cai, mas ainda é elevado
Thais Leitão
Rio de Janeiro, 19/10/2011 (Agência Brasil) - Embora a taxa de internações por doenças relacionadas à má qualidade do saneamento básico, como diarreias, dengue e leptospirose, esteja caindo no país, ainda é elevada, sobretudo em alguns estados das regiões Norte e Nordeste. Conforme constatação do Atlas do Saneamento 2011, divulgado hoje (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 1993, o país registrava 733 internações desse tipo por grupo de 100 mil habitantes. Em 2008, a relação caiu para 309 por 100 mil.
Segundo Denise Kronemberger, uma das pesquisadoras do projeto, uma análise mais aprofundada desses números revela "evidentes" disparidades regionais. "Em estados das regiões Norte e Nordeste, que contam com serviço de saneamento menos eficiente, essas internações podem alcançar até 900 para cada 100 mil habitantes, número bastante superior à média do país. Por outro lado, em São Paulo, por exemplo, vemos valores inferiores a 100 por 100 mil".
Para ela, além dos números preocupantes, no caso de municípios do Norte e do Nordeste, a situação se agrava "se pensarmos que vem associada, muitas vezes, a uma população já vulnerável, com saúde debilitada e má alimentada em vários casos". Mas pesquisadora lembra que todas essas doenças decorrentes da falta de saneamento podem ser evitadas com investimentos em ações preventivas.
O levantamento aponta que a principal deficiência do saneamento básico no país é a falta de sistema de coleta de esgoto, que atinge 44,8% dos municípios (2.495 cidades).
A Região Norte é a que apresenta a situação mais grave. Apenas 3,5% dos domicílios de 13% dos municípios estão ligados à rede de esgoto. São Paulo, por sua vez, é o único estado em que quase todos os municípios dispõem de rede de esgoto.
Thais Leitão é repórter da Agência Brasil


Estudo mostra que país recolhe 60% do esgoto que produz, mas trata apenas 20%
Nielmar de Oliveira
Rio de Janeiro, 20/10/2011 (Agência Brasil) - O Brasil é um país que avança, mas ainda vem apresentando lentidão nas melhorias dos seus indicadores sociais, principalmente na área de saneamento e de aproveitamento de recursos hídricos. A conclusão está em um estudo encomendado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia. A pesquisa apurou que a rede de distribuição de água canalizada já atinge 82% da população brasileira – índice que chega a mais de 90% na Região Sudeste. Constata ainda que os índices de coleta de esgoto melhoraram bastante nos últimos anos, atingindo hoje mais de 60% da população, embora apenas 20% do que é recolhido sejam tratados adequadamente.
O estudo, com mais de 3 mil páginas, foi desenvolvido pelo Instituto Virtual Internacional de Mudanças Globais (Ivig) e pela Coordenação dos Programas de Pós-Graduação de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ), em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV). Dele resultou a edição do Atlas Soci-Água 2011, que será lançado hoje (20). A publicação é uma versão atualizada do banco de dados sobre saneamento e saúde, irrigação para a produção de alimentos e a produção de energia em usinas hidrelétricas no país.
Em entrevista à Agência Brasil, o coordenador do estudo, o professor da UFRJ Marcos Freitas, destaca o fato de que, apesar dos avanços, o país tem como melhorar o aproveitamento dos recursos atualmente direcionados à resolução de problemas referentes à água. "Há a necessidade de melhor aproveitamento e utilização da água da chuva, de estimulo à reciclagem da água, a um melhor tratamento do esgoto. A utilização dos lagos formados pelas grandes barragens que podem, por exemplo, ser aproveitados como áreas de lazer, de desenvolvimento da apicultura."
Ao falar dos lagos formados pelas grandes hidrelétricas construídas no país, por exemplo, o professor defendeu a necessidade de identificar os gargalos tecnológicos, decorrentes dessas grandes obras. "As hidrelétricas acabam se tornando desertos demográficos. Você tem uma movimentação populacional muito grande durante a fase de construção das usinas, mas quando elas começam a funcionar o número de pessoas trabalhando nelas é muito pouco."
Para ele, é necessário haver melhor reutilização dos lagos para uso múltiplo das águas. "A criação do que eu chamo de grandes desertos demográficos se dá pela absoluta falta de condições técnicas ou estruturais da população para aproveitar os lagos para o desenvolvimento do lazer ou mesmo da pesca e da navegação. É por isso que defendo a criação de escolas técnicas federais e estaduais nas proximidades dos lagos das hidrelétricas: seria muito proveitoso na melhoria da capacitação das populações e viabilizaria a criação de pólos de desenvolvimento vinculados às hidrelétricas."
O atlas reúne um extenso levantamento sobre o aproveitamento hídrico no país e das necessidades de buscar soluções diferenciadas para as populações das periferias e das zonas rurais. A publicação mostra, por exemplo, que existem atualmente cerca de 4 milhões de áreas irrigadas no Brasil, menos de 3% da área plantada no país, o que "é baixo em relação à média mundial de 20%".
A primeira edição do atlas foi lançada em 2009 como resultado de um trabalho de três anos de pesquisa, que cruzou dados a respeito dos temas abordados com informações sobre educação, trabalho e rendimento, domicílios, famílias e outros aspectos demográficos.
Nielmar de Oliveira é repórter da Agência Brasil

  ruim regular   bom ótimo excelente
   
   
   
   
   

Qualidade da água ainda sofre pela falta de saneamento

20/07/2011   -   Autor: Fabiano Ávila   -   Fonte: Instituto CarbonoBrasil/Agência Brasil/ANA

A Agência Nacional de Águas analisou mais de 1700 pontos e registrou que apenas 4% deles podem ser considerados ótimos, a situação é pior nas grandes regiões metropolitanas, como São Paulo, Porto Alegre e Rio de Janeiro

Lagos, rios e reservatórios localizados perto das maiores cidades brasileiras são os que mais sofrem com o lançamento de esgotos urbanos domésticos sem tratamento adequado e por isso são a maioria entre os pontos que se encontram na situação classificada como péssima ou ruim pelo Relatório de Conjuntura dos Recursos Hídricos no Brasil – Informe 2011, divulgado nesta terça-feira (19) pela Agência Nacional de Águas (ANA).
Dos pontos monitorados em 17 estados, 2% têm condições péssimas e 7% condições ruins. Além disso, entre 2008 e 2009, o percentual de pontos com índice de qualidade considerada ótima caiu de 10% para 4%. Segundo Vicente Andreu, diretor-presidente da ANA, essa variação se deu porque o  número de pontos monitoradosfoi reduzido de 1.812 para 1.747.
No geral, o cenário se manteve estável: em 2008, 70% de pontos tinham condições boas, em 2009 o percentual foi 71%. “O diagnóstico dos pontos monitorados revela a manutenção do quadro do país, com várias bacias comprometidas devido ao grande lançamento de esgotos urbanos domésticos”, aponta o estudo.
Mesmo com a situação estando ruim nas grandes metrópoles, o superintendente de Planejamento de Recursos Hídricos da ANA, Ney Maranhão, destaca que "90,6% das bacias e dos rios se encontram em estado satisfatório de qualidade e disponibilidade e apenas 2% dos rios não apresentam resultado satisfatório. Temos uma situação muito confortável".
Com dados consolidados até dezembro de 2010, o estudo da ANA é uma ferramenta de acompanhamento anual da condição dos recursos hídricos e de sua gestão em escala nacional.
O relatório avalia temas fundamentais para o setor de recursos hídricos, como: volume de chuvas; ocorrência de eventos hidrológicos críticos (secas e cheias); disponibilidade hídrica nas diferentes regiões do Brasil; os usos múltiplos da água (irrigação, saneamento e hidroeletricidade, por exemplo); qualidade das águas; a evolução dos comitês de bacias; o planejamento, a regulação e a cobrança pelo uso dos recursos hídricos.
 “O acompanhamento e a avaliação da situação dos recursos hídricos em escala nacional pelo Relatório subsidiam a definição das ações e intervenções necessárias para a melhora da quantidade e da qualidade das águas”, afirmou Izabella Teixeira, ministra do Meio Ambiente.
Eventos Extremos
Em 2010, 563 municípios brasileiros decretaram situação de emergência ou estado de calamidade pública devido à ocorrência de cheias, causadas por chuvas acima da média histórica. São Paulo, Rio de Janeiro, Alagoas, Pernambuco, Bahia e os estados da região Sul foram os mais atingidos.
Já o Semiárido e a região Amazônica concentraram a maior parte dos 521 municípios que tiveram que decretar situação de emergência ou estado de calamidade pública em decorrência de estiagem ou seca. Em comparação a 2009, o número de ocorrências de 2010 caiu de 1967 para 1184.
Entre os eventos críticos que aconteceram no ano passado, a ANA destacou seis:
- Estiagem na Amazônia: Por causa da falta de chuvas, rios como o Negro, Acre, Solimões e Madeira apresentaram níveis bem abaixo da média, prejudicando a navegação, agricultura e o abasteciemnto em muitas cidades da região Norte.
- Cheias em Alagoas e Pernambuco: O mês de junho registrou chuvas bem acima do normal, com Recife apresentando em apenas três dias (16, 17 e 18) 348mm, volume esperado para o mês inteiro.
- Cheias em Minas Gerais: Em dezembro mais de um milhão de mineiros sofreram com enchentes, sendo que 29 mil pessoas ficaram desalojadas, 3725 desabrigadas, 92 feridas e 17 morreram.
- Cheias na Região Metropolitana do Rio de Janeiro: Os meses de março e abril trouxeram um volume anormal de chuva. O deslizamento no Morro do Bumba, em Niterói, soterrou centenas de moradores e deixou milhares de desabrigados.
- Cheias na Região Metropolitana de São Paulo: 11 municipios paulistas decretaram situação de emergência ou calamidade pública nos meses de janeiro e fevereiro, que registraram recordes históricos no volume de chuvas.
- Cheias no Rio Grande do Sul: Fortes chuvas provocaram o transbordamento do rio Jacuí em janeiro, que chegou a provocar o desabamento de um ponte na rodovia RS 287.
A ANA criou em 2009 um Grupo de Trabalho para analisar a possibilidade de que esses eventos estejam ligados com as mudanças climáticas. No ano passado, o grupo apresentou uma nota técnica que propõe algumas ações de
adaptação e monitoramento. Entre elas estão atividades de acompanhamento e medição de eventos hidrológicos críticos e estudos sobre a simulação dos impactos do aquecimento global na oferta de água no Brasil.

 

Anexo:Lista de estados do Brasil por rede de coleta de esgoto

Segue abaixo a lista dos 26 estados brasileiros e o Distrito Federal por porcentagem de municípios com rede de esgotosegundo o Atlas de Saneamento 2011 divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O atlas faz uma leitura territorial dos dados da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico 2008.[nota 1]

Índice

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Atenciosamente.
Claudio Estevam Próspero 
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