segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Crise Financeira - Como estamos? (Krugman-Paulson-Roubini-Soros-Stiglitz) / 1 ano Obama


[Crise financ] 1 ano de Obama: EUA saem da recessão, mas sem indicadores de crescimento sustentável


   Apesar de alcançar resultados positivos na recuperação da economia, política de incentivos de governo aumenta déficit do país


    O presidente Barack Obama conseguiu tirar a economia da recessão, com incentivos e ajuda a diversos setores, mas ainda está longe de mostrar indicadores de crescimento sustentável no longo prazo. Foram quase US$ 800 bilhões em incentivos fiscais e sociais, mais US$ 50 bilhões para as montadoras, além dos US$ 700 bilhões aprovados pelo Congresso ainda no governo de George W. Bush (2001-2009) para salvar bancos e empresas financeiras, num total de US$ 1,55 trilhão – o equivalente a um Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. 


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[Crise financ] 1 ano de Obama: Lobby financeiro emperra avanço em regulamentação do setor

   Preocupado com reflexos da ajuda dada aos bancos, Obama planeja imposto sobre instituições financeiras e inibir pagamento de bônus a executivos


    Os americanos estão discutindo formas de regulamentar o setor financeiro, responsável pela maior crise mundial desde a Grande Depressão da década de 1930. Preocupado com os reflexos da ajuda financeira dada aos bancos para aplacar sua derrocada, o governo do presidente Barack Obama prevê implementar uma espécie de imposto sobre os ganhos das instituições e inibir o pagamento dos exuberantes bônus aos executivos.


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[Crise financ] 1 ano de Obama: Setor de automóveis dá sinais de melhora após ajuda dos EUA


    Setor de automóveis dá sinais de melhora após ajuda dos EUA



   As fabricantes americanas de automóveis começam a emergir do abismo em que foram lançadas pela falta de crédito provocada pela crise financeira que abalou os EUA. Num ano marcado por concordatas e transferência de controle, as “big three” de Detroit –General Motors, Ford e Chrysler – retomaram as vendas graças à ajuda financeira do governo e às imposições dos programas do presidente Barack Obama.

As vendas de veículos leves no ano passado somaram 10,4 milhões nos EUA, uma queda de 21,2% em comparação às 13,2 milhões de unidades de 2008. Se forem levadas em conta apenas as vendas das montadoras americanas, o desempenho anual foi ainda pior em 2009. De janeiro a dezembro, GM, Ford, Chrysler e Internacional (Navistar) comercializaram 4,66 milhões de veículos, 26,6% menos que os 6,35 milhões do ano anterior.
    Os números de dezembro, no entanto, mostram uma sensível melhora no mercado. As vendas tiveram aumento de 7% sobre o mesmo mês do ano anterior, de 891 mil carros para 1,026 milhão, segundo dados do site WardsAuto.com, especializado no setor.
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[Crise financ] 1 ano de Obama: De olho em eleições, republicanos tentam barrar reforma da saúde

   Apesar de debate sobre projeto ter desgastado imagem de Obama em 2009, sua aprovação representaria um feito histórico e poderia render dividendos políticos nas eleições legislativas de novembro


    A reforma da saúde, principal prioridade doméstica do presidente dos EUA, Barack Obama, está nas mãos do Congresso. O programa prevê o atendimento de mais de 30 milhões de americanos que hoje estão fora dos planos privados de saúde. Se aprovado neste ano, representará a maior mudança na assistência à saúde dos EUA desde a criação de um programa específico para idosos, em 1965.



    Após uma longa batalha legislativa iniciada em abril, que desgastou a popularidade de Obama entre a população, a Câmara dos Representantes aprovou seu projeto em 7 de novembro e o Senado, em 24 de dezembro.




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Especial - 1 ano de Obama - Reveses marcam início de segundo ano de governo



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[Crise financ] (Krugman-Paulson-Roubini-Soros-Stiglitz) : Uma nova queda ameaça a "estabilização" / Nesta guerra, o trabalho e o consumo pagarão, novamente, a conta


   Otimismo do Federal Reserve não é compartilhado pelos gurus


   O encontro dos quatro (Paulson-Roubini-Soros-Stiglitz)


   Alemanha e França


    Keynes salva os monetaristas 



       Nesta guerra, o trabalho e o consumo pagarão, novamente, a conta 


Zurique - A recente crise econômica, iniciada pela derrocada do setor monetário e, em seguida, do bancário, já está disseminada, também, na economia real, isto é, na área onde realiza-se a verdadeira produção. 


O trabalho e a conseqüente produção de produtos e serviços apresenta-se como a primeira vítima deste - sem precedentes - esbanjamento de recursos, realizado por intermédio dos mecanismos monetário-creditícios nesta e na década anterior. 


E apesar de o trabalho ter sido vitimado no período do florescimento econômico e era o elo fraco nas ameaças do capital para investimentos imigrar para países de custo inferior, o pedido da "punição do trabalho" retorna mais agudo e agora em período de queda econômica. O paradoxo econômico de culpar o trabalho por tudo é o atual "produto da intellgentsia" dos monetaristas do século XXI. 


A conhecida crise econômica da década de 1970, denominada "crise de estagflação", resultou em predomínio de uma revisão econômica denominada monetarismo. Em linhas gerais, o monetarismo surgiu como reação à teoria keynesiana e ao ideário que esta representava que, em período de queda, o Estado deverá gastar consideráveis capitais em investimentos e obras públicas com objetivo de, por intermédio do trabalho e do aumento de ocupação de um modo geral, fluir dinheiro no mercado, tonificando a atividade econômica. 


Quer dizer, a teoria keynesiana havia voltado sua atenção, exclusivamente, no aumento do consumo, que foi denominado "demanda ativa", porque o aumento de demanda de produtos e serviços tonificaria a oferta, isto é, a produção, quer dizer, a ocupação. 


Estabilidade dos preços




Após mais de três décadas de predomínio deste modelo econômico, pode-se sustentar hoje que fracassou em todos os seus parâmetros fundamentais. Esta constatação já constitui lugar-comum até, inclusive, entre as fileiras dos monetaristas, os quais, gradualmente, retornam às percepções keynesianas, no que diz respeito ao gerenciamento da crise atual. 


Em linhas gerais, já se tornou perceptível que a garantia da estabilidade dos preços não poderá se obtida punindo o trabalho, enquanto, simultaneamente, predomina o fetiche do livre mercado. 


A teoria do monetarismo, da regulação do volume de dinheiro em um mercado, propõe, em períodos de elevada inflação, isto é, em períodos quando o poder aquisitivo do trabalhador é atingido pela alta dos preços e pela redução do rendimento disponível, para assim ser reduzida a demanda, isto é, o consumo, e por intermédio deste se conter os preços. Propõe-se assim uma punição sui generis daquele que não é responsável, a fim de ser punido aquele que é responsável. !!!!!!





Banco intermediário 





Parece, contudo, que hoje já se tornou compreensível que uma tal perspectiva - a redução do poder aquisitivo do trabalhador - teria conseqüências catastróficas para o mercado. Os próprios monetaristas mostram estar abandonando - aos poucos - suas posições diante da nova realidade que está se conformando. 


Mas o paradoxo é que, enquanto na teoria keynesiana a "demanda ativa" realiza-se por intermédio do Estado, diretamente - o Estado gasta para obras públicas, aumentos salariais e, ajuda aos desempregados - hoje, a "demanda ativa" é intermediada pelos bancos, a fim de ser incluída em todo o processo, também, a taxa de juros, o lucro do banco. 


O Estado não gasta mais em investimentos públicos e, ao invés de aumentar os salários e ajudar aos desempregados, quer dizer, garantir um crescente nível de demanda de produtos e serviços no mercado, insta os bancos para que emprestem mais dinheiro hipotecando por intermédio de seu lucro (taxa de juros) o poder aquisitivo de amanhã dos consumidores. 


E se nesta aproximação teórica forem somadas, também, certas parafonias atuais sobre a redução da carga horária de trabalho, parece que os defensores destas percepções comportam-se como aprendizes de feiticeiros, recusando-se a sair de suas amarras ideológicas. 


Mas a crise econômica não calcula ideologias e interesses. Produz, simplesmente, vítimas e parece que nesta guerra o trabalho e o consumo reduzido pagarão, novamente, a pesada conta. 


Os trechos acima foram obtidos em:

Cores, tamanhos de letra alterados e !!!!!! , para realce de trechos, feitos por Claudio



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