Empreendedores Internos |
R-R Roma Serviços Contabeis Ltda (Escritório Roma)
Para ser um empreendedor, você não precisa necessariamente montar o seu próprio negócio ou abandonar o emprego. Você pode ser um "empreendedor interno" ou um "intra-empreendedor".
Dentro do conceito de empreendedorismo, há espaço para a manifestação de características empreendedoras na própria empresa, ainda que na condição de funcionário ou colaborador.
O conceito de empreendedor está relacionado diretamente a um conjunto de palavras-chave. Contar com funcionários com comportamento empreendedor é um ponto forte que representa vantagem competitiva nos negócios.
Tais palavras-chave resumem-se, por exemplo, à iniciativa, capacidade de assumir riscos, inovação, persistência, aceitação às mudanças, confiança, senso de urgência para aproveitar as oportunidades, percepção ativa da movimentação do mercado, desejo de evoluir, gana de vencer transformando idéias em realidade e disposição para trabalhar com comprometimento, dentre tantas outras.
O empreendedor interno não limita seu trabalho à disponibilidade de recursos e às oscilações do mercado, mas, sim, associa-o à visão, ao desejo efetivo de transformar idéias em realidade e ao descontentamento com o "velho".
Ele usa toda sua imaginação, toda sua criatividade, depositando confiança naquilo que faz. O empreendedor interno arregaça as mangas, não poupa esforços e vai ao encontro dos desafios, objetivando vê-los transformados em resultados.
Mesmo diante dos fracassos e dos erros, o empreendedor interno não desiste de seus planos e passa todos os dias por um processo de aprendizagem, predominando, neles, uma característica tipicamente brasileira: "levanta, sacode a poeira, e dá a volta por cima".
O empreendedor interno é aquele que dispõe de todas estas características e agrega-as na empresa onde trabalha, colaborando para transformá-la e mantê-la em plena sintonia com as mudanças externas.
Assim é o empreendedor interno. Dispõe de todas estas características e agrega-as na empresa onde trabalha, colaborando para transformar e mantê-la em plena sintonia com as mudanças dos novos tempos.
Todavia, um empreendedor interno necessita trabalhar numa empresa que ofereça um ambiente com condições adequadas para operação de suas ações. Do contrário, ele vai se sentir deslocado, sem espaço e sem clima para manifestar seu trabalho, principalmente quando tiver que conviver com os “sobreviventes” da mudança que ele mesmo propõe.
Numa situação destas, certamente o caminho mais propenso tende ser a sua saída da empresa, resultando numa nova oportunidade de trabalho, onde ele possa identificar as características empreendedoras desejadas.
Portanto, identifique entre seus colaboradores aqueles que apontam um comportamento empreendedor dentro do conjunto das características apresentadas.
Observe seus hábitos, práticas e valores. Depois, faça com que trabalhem ainda mais de forma integrada, a fim de multiplicarem suas características aos demais integrantes da equipe de trabalho, de forma a contar com uma verdadeira equipe de empreendedores internos.
No caminho desta orientação faz sentido um pensamento de Fernando Dolabela, uma das maiores referências de Empreendedorismo no Brasil: "se você ensina uma pessoa a trabalhar para outras, você a alimenta por um ano; mas, se você a estimula a ser empreendedor, você a alimenta, e a outras, durante toda a vida".
Considere, ainda, a idéia de que empreendedores internos também podem ser criados; nem sempre eles nascem feitos , derrube este mito. Hoje, um bom número de empresas buscam formatar a composição do quadro de suas equipes com empreendedores internos. Por que você também não faz o mesmo?
A tendência é de que cada vez mais aumente esta realidade, reduzindo o espaço para aqueles funcionários que não se sensibilizam pela adoção de uma nova postura profissional e que, durante toda a sua passagem pela empresa, participaram de sua história apenas como agentes passivos, deixando de agregar atividades diferentes em seu trabalho, contribuindo muito pouco ou quase nada para o processo de revitalização da própria empresa.
Um ambiente conhecido como Nova Economia já é pura realidade. A diferença não é mais quantitativa quando se discute informações, mas sim como ela é usada.
Da mesma forma, exige-se um repensar do conceito que você tem de sua empresa, principalmente de micro, pequenas e médias empresas. Os empreendedores internos poderão auxiliá-lo nesta caminhada!
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Espírito de equipe e a busca da identidade empresarial Como no futebol, empresa é equipe. Cada integrante precisa cumprir bem sua função para que o resultado final seja o sucesso. Porém, no pensamento empresarial deve-se evitar o conceito de craque, como sendo aquele que no momento certo decide a partida e corre para o abraço; além, claro, de garantir uma remuneração excepcional em relação aos demais. Estrutura nesses moldes não terá futuro. Se as coisas não vão bem, não é demitindo e contratando um jogador novo, ou melhor, um líder com ideias ousadas que os problemas desaparecem. Muito pelo contrário. As dificuldades também precisam ser superadas coletivamente, a partir de um processo de repensar o negócio, do nível físico ao mental, a partir do diálogo com todos os profissionais que acompanham o dia a dia da corporação, para se construir ou reconstruir o espírito de equipe. O professor de Administração de Empresas e Gestão de Pessoas, da universidade Stanford, Jeffrey Pfeffer, entende que as organizações bem sucedidas, com alto desempenho, constroem suas lideranças em casa e não precisam importar talentos. “Devemos usar as habilidades naturais a favor da empresa", diz. Porém, alcançar a condição de transformação interna, de otimização de processos, exige predisposição para se abrir, rever a fórmula usada, desarmar os entraves físicos, bem como as ideias equivocadas. E pensar diferente, a partir de uma identidade corporativa com a qual os colaboradores se identifiquem. Para Roberto Affonso dos Santos, da consultoria Ateliê – Desenvolvimento Humano e Organizacional, uma equipe é como um organismo vivo, um ser composto de partes interdependentes. Se uma delas estiver “doente”, ou a interação entre elas estiver com problemas, o organismo como um todo sofre. Por isso, a liderança, nesse contexto, tem como missão mais importante desenvolver a empresa como um grupo de pessoas alinhadas em torno do mesmo objetivo. J. C. Bemvenutti, da MC2, empresa de gestão de pessoas, observa que num processo de mudança, todas as resistências que vêm à tona precisam ser trabalhadas. Os colaboradores precisam ser posicionados como agentes proativos e, para que isso aconteça, padrões mentais precisam ser quebrados. A partir daí ocorrem novas percepções e comportamentos. “Não existe aprendizado se não houver mudança de comportamento. O processo de aprender envolve o racional e também o emocional”, destaca em seu site www.bemvenutti.com.br. Bemvenutti entende que o mundo já passou pela era da propriedade, do capital e da tecnologia. Hoje a humanidade depara-se com a era da competência e do comprometimento. Ou seja, o foco principal agora está nas pessoas. “Elas têm que saber e querer. Qualquer organização empresarial que não tenha bem focada qual sua missão e quais são os seus valores estará vulnerável, com uma séria desvantagem competitiva”. Pfeffer orienta que para se fazer o diagnóstico da empresa e iniciar o processo de "alinhamento" à nova fase, os líderes precisam levar em conta as seguintes questões: Qual é a estratégia de sua organização? O que a diferencia dos concorrentes? Quais são as capacitações e competências pretendidas por sua empresa? Quais capacitações, habilidades, atitudes e comportamentos são necessários para que sua empresa execute com sucesso a estratégia pretendida? Quais são as políticas e práticas atuais de sua empresa com relação a recrutamento, seleção, remuneração e desenvolvimento profissional? O aspecto mental de uma empresa revela a essência da organização. Na opinião de Pfeffer, “em cada setor, o que separa as empresas umas das outras não é o que elas fazem, mas o que pensam”. E pensamento não pode ser copiado. "Para obter resultados diferentes, você tem que fazer coisas diferentes. Mas, para fazer coisas diferentes – pelo menos durante um longo período de tempo e automaticamente –, você tem que pensar de maneira diferente", conclui. Ou seja, como no futebol, quando a jogada é realizada em equipe o resultado é sempre melhor.
Liderança em constante transformação Liderar é ser capaz de agir em rede Fortalecer as relações de equipe, sem as barreiras do líder centralizador, para que o conhecimento seja compartilhado e as decisões dimensionadas a partir da troca de idéias e experiências. Esta é a matriz das organizações que se capacitam com o objetivo de dominar o futuro de seus negócios. A tese acima é defendida por Peter M. Senge, um dos maiores especialistas em aprendizado organizacional da atualidade, que esteve recentemente no Brasil para falar no Fórum Mundial de Liderança e Alta Performance. Ele acredita que somente o aprendizado permanente e horizontal é capaz de dar à empresa instrumentos para se antecipar aos fatos e planejar as mudanças conforme os problemas vão surgindo. O sucesso da gestão passa, portanto, pela relação aberta dos líderes com suas respectivas equipes e da visão compartilhada entre eles sobre o posicionamento da empresa no mercado. O processo de integração potencializa a criatividade coletiva, fundamental para enfrentar períodos de incertezas, em que a reengenharia de processos, de estruturas administrativas e de modelos de negócio deve ser pensada cotidianamente. O professor de economia da Universidade Estadual Paulista (Unesp), Valdemir Pires, sintetiza a concepção moderna de liderança: “Liderar é ser capaz de agir em rede, com uma área se integrando à outra, formando um todo, cujos objetivos, rumos e metas se definem coletivamente”. Ele entende que não se pode mais imaginar empreendimentos bem sucedidos girando em torno de um indivíduo que comanda seus auxiliares. “Isso porque se foi o tempo em que uns poucos sabiam e coordenavam e muitos eram apenas comandados”, diz. Com uma ponta de ironia, Pires não poupa críticas ao conceito ultrapassado de liderança: “Líder onipotente é piada. Embora se cultue muito o grande realizador, quem vive ou acompanha com atenção o cotidiano de grandes empresas, ou é protagonista de grandes realizações, sabe que o papel de um indivíduo pode até ser importante, em determinados momentos, mas como iniciador ou planejador. Porém, sem a justa adequação entre ele e sua equipe nada ocorre de excepcional, a não ser por pura sorte ou acaso”. Para o economista, o conceito de liderança talvez seja imutável, referindo-se à capacidade de persuadir, de levar grupos rumo a objetivos, de fazer com que ações coletivas sejam conduzidas com sucesso. “Mas quando a este substantivo se acrescenta um adjetivo, é preciso situá-lo historicamente”, observa. Ou seja, no caso de liderança empresarial, é preciso ter claro de que modelo de empresa se está falando, “porque a empresa contemporânea é muito diferente das empresas de algumas décadas atrás”. Transformação de mentalidades Devido ao movimento veloz das transformações no mundo dos negócios, Pires alerta que o indivíduo sem capacidade de mudar corre sérios riscos de ser engolido pela realidade. “É muito difícil o mesmo indivíduo ter capacidade de mudar seu estilo de liderança. Mas não é impossível. O natural é que o indivíduo pouco adaptável seja engolido pelas novidades, sem se dar conta disso. A adaptabilidade é, hoje, um dos requisitos da liderança”. Seguindo o raciocínio da adaptabilidade, o professor também coloca em xeque a relevância dada ao planejamento estratégico das empresas. “Quem nasce primeiro, o plano estratégico que busca lideranças adequadas, ou as lideranças adequadas que fazem o plano estratégico?”, questiona. Suas perguntas não param por aí: “Quanto de intuitivo e não de planejado tem um negócio bem sucedido, num contexto de mudanças rápidas? De onde vem a intuição para os negócios?” Sua conclusão, nesse aspecto, é que parece melhor confiar numa liderança coletiva de qualidade, capaz de alterar planos sempre que necessário, do que seguir fielmente o plano estratégico (o planejamento tem que ser flexível). “É a boa liderança estratégica que monta sistemas de lideranças táticas e operacionais, e não um plano estratégico. O plano bom é apenas o instrumento da boa liderança”. O debate sobre liderança empresarial no Brasil é muito novo e, por isso, muito distante de alcançar um ponto de equilíbrio. Para o economista, o país está se ajustando. “Embora se possa dizer que respondeu rapidamente à abertura de mercado nos anos 80, a abertura comercial só fez aumentar a demanda represada para a oferta de líderes adaptáveis, que vão para grandes empresas, já que as empresas médias e as tipicamente brasileiras são ainda arraigadas ao sistema familiar de escolha, baseado na árvore genealógica e não nos sistemas meritórios profissionais de recrutamento”. Mas até essas empresas, segundo ele, começam a mudar lentamente, porque o tempo é de transformação de mentalidades. Uma empresa que aprende: 1. Supera o centralismo
2. Capacita a equipe para a liderança
3. Distribui responsabilidades
4. Cria mecanismos de avaliação de resultados.
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Economia criativa e criatividade na economia
Um movimento que tende a crescer nas empresas preocupadas com o futuro A crise mundial gerou uma nova onda de debates sobre economia criativa. Em alguns países desenvolvidos, desde os anos 90 o mercado vem sendo impulsionado por essa visão, que ganhou, inclusive, espaço nas políticas públicas. A economia criativa nasce da constatação de que as sociedades modernas carecem de inovações capazes de gerar idéias para atender demandas não exploradas. Por carência de matrizes geradoras de propostas fora da rotina, os produtos e serviços tendem a se perder na mesmice. Em momentos de instabilidade, como o atual, todos padecem por falta de alternativas. A aplicação do conceito passa pelo rearranjo da produção, a relação entre as pessoas, investimento em pesquisas, qualidade de vida e sustentabilidade. Tendo sempre o cliente como foco. A ênfase é dada ao potencial cultural de cada país e ao aprimoramento da percepção da realidade. O fim é a redescoberta do cotidiano, o repensar das necessidades, a criação de plataformas de inovação contínua dentro das empresas, com designs diferenciados aos produtos e estratégias de ação que surpreendam, mas sem se perder na irracionalidade. Num primeiro momento, como exemplo, pode vir à mente o mercado de entretenimento, como a indústria da música, do cinema, dos brinquedos e das artes em geral. Mas não é só isso. A proposta é aplicada também à economia tradicional. Nesse sentido, qualquer empresa disposta a se abrir para idéias que geram idéias pode se beneficiar e crescer. Na Inglaterra, por exemplo, o ex-primeiro-ministro Tony Blair levou a sério a economia criativa por não vislumbrar, na ocasião (anos 90), outro caminho para tornar seu país competitivo no mercado internacional e proporcionou fortes investimentos públicos ao setor privado. O mesmo ocorreu na Irlanda, que se destacou mesmo não tendo uma indústria forte e commodities para abastecer o mundo. Neste segundo caso, a força motriz foi mesmo a indústria do entretenimento. Nesse mercado em constante transformação, dizem os especialistas, o desafio da inovação não está restrito às revoluções tecnológicas ou à criação de produtos espetaculares. As idéias criativas podem ser úteis às empresas de várias formas, como o desenho de um novo processo que melhora a qualidade ou a produtividade, ou reduz os custos, tornando-as mais competitivas. Pode também ser a reorganização de um serviço que simplifica e acelera o atendimento aos clientes. A economia criativa é a matriz para o desenvolvimento de recursos inteligentes e econômicos, que respondam às questões ambientais, seja ao se pensar em construção de casas populares ou fábricas, criação de produtos e serviços. As obras arquitetônicas que seguem o conceito são equipadas com captadores de energia solar, sistemas automáticos de liga e desliga para lâmpadas, aparelhos eletrônicos e torneiras, novos materiais que permitem a criação de ambientes equilibrados termicamente e equipamentos que reduzem resíduos sólidos. No caso dos captadores de energia solar, o Chile saiu na frente, com políticas arrojadas de incentivo. Outro exemplo são os carros menores, que causam menos impacto ambiental, pois trazem tecnologias avançadas e desenhos compatíveis às exigências dos consumidores nascidos em um mundo complexo e cheio de problemas, por isso tendem a exigir produtos sustentáveis. No Brasil, recentemente o jornal Valor Econômico, em parceria com a São Paulo Fashion Week (SPFW) e a In-Mod, organizou várias palestras para tratar do tema. O inglês John Howkins, autor do livro The Criative Economy, esteve no evento e disse que a economia criativa tem sido apontada como o principal caminho para as empresas saírem mais rapidamente da crise. Como exemplo citou a GM americana que, mesmo na condição de concordatária, seus designers de veículos de baixo custo vão muito bem. Howkins recordou ainda New Orleans, EUA, e a destruição provocada em 2005 pelo furacão Katrina. Em sua opinião, foi a economia criativa que ajudou a reconstruir a cidade. Alexandre Novakoski, gerente de canais da Seal Telecom, conta que uma das medidas que os executivos estão adotando para enfrentar o cenário caótico do trânsito e aeroportos nas grandes cidades é a comunicação unificada, via tecnologia IP. As conferências e reuniões feitas por meio de videoconferência evitam deslocamentos constantes com viagens e agilizam o processo de tomada de decisões. Reduz não só os custos corporativos como também a emissão de gás carbônico na atmosfera. Ou seja: “a empresa, o meio ambiente e as avenidas saem no lucro”. As questões ambientais têm mobilizado as entidades empresariais no Brasil para que apresentem modelos de condutas criativas e bem sucedidas de empresas que se utilizam de modernos conceitos e práticas em responsabilidade social. Um exemplo é o programa Sou Legal, coordenado pelo Comitê de Responsabilidade Social (Cores) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). O Programa acredita que “adotando estratégia de desenvolvimento, crescimento e qualidade de vida para os seus colaboradores e familiares, o industrial investe no ser humano, que responderá com motivação e criatividade, resultando em aumento de produtividade e competitividade”. O Programa Sou Legal disponibiliza as ferramentas oferecidas pelo Sesi e Senai e por um grande número de parceiros, como Instituto Ethos, Sebrae, Canal Futura, Instituto Akatu, Bolsa de Valores Sociais e Associação Brasileira do Câncer. De acordo com a coordenadora do Programa, Eliane Belfort, “é possível implantar políticas de responsabilidade social empresarial, sem onerar o orçamento, identificando ferramentas que podem melhorar a produtividade, a qualidade dos produtos e contribuir para o crescimento do país e da sociedade brasileira”. |
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