O Ser Humano e sua Sombra - os aprendizados possíveis ao longo da história: na família, nos relacionamentos íntimos, na sexualidade, no trabalho, na espiritualidade, na Nova Era, na política, na psicoterapia e na criatividade
Tornarmos conscientes da sombra de nossa personalidade, é um trabalho hercúleo, mas ponto-chave para o autoconhecimento. Nossa jornada espiritual, na medida em que já fortalecemos nosso ego, exige que reconheçamos nossa sombra e a integremos em nossa personalidade.
O reconhecimento da sombra é processo importante para que não nos entreguemos aos seus impulsos e nem alimentemos a Sombra coletiva que se forma pelo convívio social” A jornada espiritual do homem - http://www.ipepe.com.br/jornada.html
O HOMEM E SUA SOMBRA -FÁBULAS
Revisão do Livro
Este revisão responde às seguintes perguntas:
· Qual é o enredo do O HOMEM E SUA SOMBRA -FÁBULAS?
· Quem são os personagens principais do O HOMEM E SUA SOMBRA -FÁBULAS?
· Qual é o final de O HOMEM E SUA SOMBRA -FÁBULAS?
· Quem escreveu O HOMEM E SUA SOMBRA -FÁBULAS?
Esopo contou o que ouviu da Babilônia. Fedro não deu muito ouvido ao problema do homem e de sua sombra. La Fontaine voltou a falar.
A origem do ensinamento é clara como proveniente dos próprios reis deuses da Suméria mais antiga. Diz a fábula que o homem nasceu na Terra sem projetar sombra. Quando foi mandado percorrer o mundo denso material, reclamou aos Elohin que se sentia muito só. Júpiter disse que lhe ia dar um companheiro de viagem que nunca o abandonaria nem lhe daria problemas. No dia seguinte o homem viu aquela "coisa" sem consistência ao seu lado, tentou conversar e nada, apertar a mão e nada...
É um indicador de que Eu estou ao teu lado. Se me voltas as costas, verás esse vazio à tua frente. Se te importas muito com a Esquerda, verás que o vazio sombra está pedindo atenção à Direita, se tua preocupação clareia demais pela Direita, verás o vazio à Esquerda e se seguires firme para a minha luz, a sombra te obedecerá e seguirá atrás de ti. Se as sombras forem grandes e se misturarem com a tua, saberás que é hora de repousar. E ainda, se um dia te vires na claridade e não tens mais a Sombra, saberás que a tua Viagem terminou e estás voltando para Mim.
Essa fábula tem muita coisa para aprender.
J.Luiz Borges conta para ilustrar essa parte final de não ter sombra um conto em que um yogue resolve criar um filho pelo pensamento e o faz, porém vive preocupado de que ele não descubra que é irreal, porque foi feito apenas no pensamento embora seja tão bem pensado que se convence que é real como os outros homens; um dia o forma-pensamento está encurralado numa cidade em chamas e o seu inventor fica sabendo e corre para tirá-lo de lá antes que descubra que pode passar pelo fogo sem se queimar e conclua que é uma mera sombra de alguém; porém não há como chegar lá e ele se atira contra as chamas e passa sem se queimar: ele era também pensamento de alguém! Imaginemos o choque desse criador de formas pensamento!
Afora esse paradoxo de que a sombra passa pela água e não se molha, pelo fogo e não se esquenta, pelo gelo e não congela, a sombra é falta de luz e quando a luz chega, a sombra se desfaz.
Muito ainda falaremos sobre yin e yang, energia escura e campo unificado, poder das trevas, sugadores e obsessores que desde as sombras querem destruir o homem, confronto de nossa civilização com um poder que não vemos e cuja sabedoria é exatamente querer que acreditemos que ele não existe, viver na luz e viver de luz, necessidade de comer, a informação de que o mundo material que conhecemos é um amontoado de buraquinhos (quanta) no vazio e que esse vazio é a verdadeira realidade por que é O SER e muitas outras coisas para pensar e que ficam por trás desses paradoxos que a sombra nos faz raciocinar.
Platão tira daí os raciocínios para explicar nosso conhecimento com sua imagem da "Caverna" onde estamos de costas para a luz que projeta cópias das coisas reais (arquétipos) e nós só conhecemos essas sombras projetadas na parede à nossa frente. Supomos que Esopo não fosse apenas uma lenda, ou ele também era apenas sombra?
E nós?!
E os que obedecem às trevas?!
· Publicado em: setembro 29, 2008
Uma aplicação do conceito ao nosso processo político: |
Li um texto sobre materialismo e espiritualidade que trazia em seu corpo a Parábola da Caverna, de Platão, que está inserida no livro VII de sua obra “A República”.
Na Parábola, o mundo material é retratado como uma caverna escura e nós, os humanos, somos identificados como prisioneiros imobilizados desde que nasceram em uma posição tal que só lhes seja permitido olhar para uma parede.
Devido às condições e situação em que se encontram na caverna, nada vêem além de suas próprias sombras, das sombras dos outros prisioneiros e das sombras dos animais e objetos carregados pelas pessoas que passam pelo caminho iluminado atrás de um muro. Identificam a si mesmo e aos outros como sombras. Isto passa a ser sua realidade individual. Se ganharem a liberdade,terão dificuldade de aceitar a verdadeira realidade. O texto tenta mostrar o difícil caminho da iluminação e do progresso espiritual. [Ressaltado por quem me enviou, um dos "nódos de minha Rede de Compartilhamento de Informações", a quem agradeço - Claudio]
Aquilo que denominamos de realidade, seria o que os sentidos percebem e que por isso mesmo passam a ser nossos modelos mentais. A verdadeira realidade, por extrapolar em muito a capacidade dos sentidos, não tem aceitação imediata.
Ao me deter nesta leitura, inicialmente, relacionei-a com situações individuais, posteriormente, históricas e, finalmente, percebo nele a explicação de situações atuais.
Vejamos a situação de determinados segmentos da população desta nossa republica, analfabetos, subempregados e vivendo prisioneiros da própria ignorância, cultivando o espírito de rebanho e servindo de massa de manobra para políticos inescrupulosos e marqueteiros competentes. Conseguem ver só aquilo que lhes é permitido ver, quer pela manipulação que são alvo, quer pelas próprias limitações. São induzidos a crer como realidade, como verdadeiro, só o que lhes é mostrado de forma obscura e fantasiosa.
Quando tentam abrir-lhes os olhos , para perceberem a verdade, diferente daquilo que até então haviam percebido, torna-se difícil aceita-la. Primeiro porque extrapola em muito sua capacidade de entendimento e em segundo lugar porque a acomodação aparece-lhe como caminho mais fácil, menos tortuoso, visto que já conhecido. O crescimento demanda em atitude interna, que não permite acomodação, que pressupõe abertura para a realidade, solidez de princípios, vontade férrea em atingir metas sem se deixar desvirtuar ou corromper no meio do caminho. Pressupõe espírito forte, consciência da importância de cada um como ser histórico, pensante e agente transformador de uma sociedade. Isto implica em responsabilidade. Só que o comodismo leva as pessoas, de um modo geral, atribuir culpa das mazelas próprias e sociais a outrem e não assumir, desta forma a sua parcela de responsabilidade pelas coisas boas ou más da realidade circundante.
Ora, estamos, no momento, em uma etapa importantíssima na vida da sociedade brasileira, visto que a liberdade de escolha foi conquistada, porém a falta de percepção da verdadeira realidade confunde àqueles que ainda estão no início do processo de crescimento, impedindo-lhes de aceitarem os fatos ocorridos à sua falta. Continuam sendo manipulados, para acreditarem que escândalos, corrupção, roubos, tramóias, caixa dois, paraísos fiscais, pesquisas com resultados, às vezes distorcidos, são forjadas, irreais, visto que fogem à percepção de seus sentidos, já habilmente manipulados subliminarmente por grandes investimentos em poderosas mídias.
É importante que cada um que tenha condições de conduzi-los à luz, o faça, sob pena de amargarmos todos por mais um período de trevas, de escassa liberdade, de arbítrio, prepotência, má aplicação de dinheiro público, de descalabro nas esferas política, financeira, social, onde a despeito de campanhas institucionais, o que se viu foi a precariedade de verbas para educação, saúde, previdência, em contrapartida com altos lucros na protegida esfera financeira.
É importante o ressurgimento de valores morais, éticos sem os quais não se pode conceber uma sociedade livre na qual o peso da justiça possa equilibrar a balança, visando uma convívio social mais harmônico, menos desigual.
Ao encontro da sombra – Livro
Esta obra é uma coletânea de 65 artigos que oferecem um vasto panorama do lado escuro da natureza humana, tal como este se manifesta no seio da família, nos relacionamentos íntimos, na sexualidade, no trabalho, na espiritualidade, na Nova Era, na política, na psicoterapia e na criatividade. Também apresenta instrumentos para o desenvolvimento pessoal na forma de exercícios que nos possibilitam:
· alcançar uma auto-aceitação mais autêntica e completa;
· transformar as emoções negativas que emergem na vida diária;
· liberar a culpa e a vergonha associadas com a negatividade;
· reconhecer as projeções que colorem nossas opiniões a respeito dos outros;
· equilibrar nossos relacionamentos através de uma autenticidade mais profunda e usar a escrita, o desenho e os sonhos para reintegrar as partes fragmentadas de nós mesmos.
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FAVORITOS
Também em:
Connie Zweig e Jeremiah Abrams (Orgs.)
AO ENCONTRO DA SOMBRA
O potencial oculto do lado escuro da natureza humana
Tradução
MERLE SCOSS
EDITORA CULTRIX
São Paulo
O mal do nosso tempo é termos perdido a consciência do mal.
Krisknamurti
Algo que ocultávamos nos enfraquecia, até percebermos que esse algo éramos nós mesmos.
Robert Frost
Ah, se fosse assim tão simples! Se houvesse pessoas más em um lugar, insidiosamente
cometendo más ações, e se nos bastasse separá-las do resto de nós e destruí-las. Mas a linha que
divide o bem do mal atravessa o coração de todo ser humano. E quem se disporia a destruir uma
parte do seu próprio coração?
Alexander Solzhenitsyn
Aquilo que não fazemos aflorar à consciência aparece em nossas vidas com destino.
C.G.Jung
Sumário
Connie Zweig
Prólogo.............................................................................................................. 13
Jeremiah Abrams e Connie Zweig
Introdução: O lado da sombra na vida cotidiana............................................. 15
PARTE 1
O que é a sombra?
Introdução......................................................................................................... 27
1. Robert Bly
A comprida sacola que arrastamos atrás de nós........................................ 30
2. Edward C. Whitmont
A evolução da sombra................................................................................. 36
3. D. Patrick Miller
O que a sombra sabe: Uma entrevista
com John A. Sanford................................................................................... 42
4. Anthony Stevens
A sombra na história e na literatura........................................................... 50
5. John A. Sanford
Dr. Jekyll e Mr. Hyde.................................................................................. 52
6. Marie-Louise von Franz
A percepção da sombra nos sonhos ............................................................ 57
7. William A. Miller
O encontro da sombra na vida cotidiana.................................................... 60
PARTE 2
A formação da sombra:
Construindo o eu reprimido na família
Introdução ......................................................................................................... 69
8. Harville Hendrix
Criando o falso eu ....................................................................................... 71
9. Robert M. Stein
Rejeição e traição........................................................................................ 74
7
10. Kim Chernin
O lado do avesso do relacionamento mãe-filha ......................................... 75
11. John A. Sanford
Os pais e a sombra dos filhos..................................................................... 79
PARTE 3
Os embates da sombra:
A dança da inveja, da raiva e da falsidade
Introdução......................................................................................................... 85
12. Christine Downing
irmãs e irmãos lançando sombras .............................................................. 87
13. Daryl Sharp
Meu irmão e eu ........................................................................................... 92
14. Maggie Scarf
O encontro do oposto no parceiro conjugal............................................... 95
15. Michael Ventura
A dança da sombra no palco do casamento................................................ 98
PARTE 4
O corpo reprimido:
Doença, saúde e sexualidade
Introdução......................................................................................................... 105
16. John P. Conger
O corpo como sombra................................................................................. 107
17. John C. Pierrakos
A anatomia do mal ...................................................................................... 110
18. Larry Dossey
A luz da saúde, a sombra da doença ........................................................... 113
19. Alfred J. Ziegler
A doença como "queda" no corpo............................................................... 115
20. Adolf Guggenbühl-Craig
O lado demoníaco da sexualidade .............................................................. 119
PARTE 5
A sombra da realização:
O lado escuro do trabalho e do progresso
Introdução ......................................................................................................... 125
21. Bruce Shackleton
O encontro com a sombra no trabalho........................................................ 127
22. John R. O'Neill
O lado escuro do sucesso ............................................................................ 130
8
23. Adolf Guggenbühl-Craig
Charlatões, impostores e falsos profetas .................................................... 132
24. Marsha Sinetar
Como fazer bom uso de nossos defeitos e imperfeições ............................. 138
25. Chellis Glendinning
Quando a tecnologia fere ........................................................................... 140
26. Peter Bishop
As regiões selvagens como vítimas do progresso ....................................... 142
PARTE 6
A sombra no caminho:
O lado escuro da religião e da espiritualidade
Introdução......................................................................................................... 151
27. Irmão David Steindl-Rast
A sombra no cristianismo............................................................................ 153
28. William Carl Eichman
O encontro com o lado escuro na prática espiritual .................................. 156
29. Katy Butler
O encontro da sombra na América budista ................................................ 159
30. Georg Feuerstein
A sombra do guru iluminado....................................................................... 170
31. W. Brugh Joy
Um herege numa comunidade Nova Era .................................................... 172
32. Liz Greene
A sombra na Astrologia............................................................................... 175
33. Sallie Nichols
O Diabo no Tarô ......................................................................................... 178
34. John Babbs
Fundamentalismo Nova Era........................................................................ 181
PARTE 7
Diabos, demônios e bodes expiatórios:
Uma psicologia do mal
Introdução ......................................................................................................... 187
35. C. G. Jung
O problema do mal no nosso tempo............................................................ 192
36. Rollo May
Os perigos da inocência.............................................................................. 195
37. M. Scott Peck
A cura do mal humano................................................................................. 198
38. Stephen A. Diamond
A remissão dos nossos diabos e demônios .................................................. 203
9
39. Ernest Becker
A dinâmica fundamental do mal humano.................................................... 208
40. Andrew Bard Schmookler
O reconhecimento da nossa cisão interior.................................................. 211
PARTE 8
A criação do inimigo:
Nós e eles no corpo político
Introdução ......................................................................................................... 217
41. Sam Keen
O criador de inimigos ................................................................................. 219
42. Fran Peavey (com Myrna Levy e Charles Varon)
Nós e eles..................................................................................................... 224
43. Susan Griffin
A mente chauvinista .................................................................................... 229
44. Audre Lorde
Os marginalizados da América................................................................... 233
45. Jerome S. Bemstein
O espelho EUA-URSS ................................................................................. 236
46. Robert Jay Lifton
A duplicação e os médicos nazistas ............................................................ 240
47. Adolf Guggenbühl-Craig
Por que os psicopatas não governam o mundo?......................................... 245
48. Jerry Fjerkenstad
Quem são os criminosos? ........................................................................... 249
49. James Yandell
Demônios na rodovia .................................................................................. 255
PARTE 9
O "trabalho com a sombra":
Trazendo luz à escuridão
através da terapia, dos mitos e dos sonhos
Introdução ......................................................................................................... 261
50. James Hillman
A cura da sombra........................................................................................ 264
51. Sheldon B. Kopp
A narrativa da descida ao inferno............................................................... 266
52. Joseph Campbell
A barriga da baleia ..................................................................................... 270
53. Gary Toub
A utilidade do inútil..................................................................................... 273
54. Karen Signell
Trabalhando com os sonhos femininos....................................................... 278
10
55. Janice Brewi e Anne Brennan
A emergência da sombra na meia-idade ..................................................... 282
56. Daniel J. Levinson
Para o homem na meia-idade...................................................................... 284
57. Liliane Frey-Rohn
Como lidar com o mal ................................................................................. 287
PARTE 10
Assumindo nosso lado escuro
através da introvisão, da arte e do ritual
Introdução ......................................................................................................... 295
58. Ken Wilber
Assumindo responsabilidade pela própria sombra ..................................... 298
59. Robert Bly
"Comer" a sombra ....................................................................................... 304
60. Nathaniel Branden
Retomando o eu reprimido .......................................................................... 305
61. Hal Stone e Sidra Winkelman
Diálogo com o eu demoníaco ...................................................................... 310
62. John Bradshaw
Como domar a vergonhosa voz interior ...................................................... 315
63. Barbara Hannah
Aprendendo a imaginação ativa .................................................................. 320
64. Linda Jacobson
Como desenhar a sombra ............................................................................ 323
65. Deena Metzger
Escrevendo sobre o outro ............................................................................ 324
Jeremiah Abrams
Epílogo .............................................................................................................. 328
Notas ................................................................................................................ 331
Bibliografia ...................................................................................................... 340
Autorizações e direitos autorais ....................................................................... 346
Colaboradores .................................................................................................. 351
Os organizadores.............................................................................................. 356
11
UMA NOTA SOBRE A LINGUAGEM
Reconhecemos que nosso idioma cria, assim como reflete, atitudes que estão impregnadas na nossa cultura. Por isso nos desculpamos pelo uso arcaico da palavra homem que, quando lida hoje, pode soar desagradável e antiquada. Nos trechos aqui reproduzidos, homem designa o ser humano em geral, a pessoa hipotética de quem se fala. Ainda não foi encontrada, infelizmente, uma palavra melhor. Esperamos que ela não tarde a surgir.
Connie Zweig e Jeremiah Abrams,
organizadores
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