Obrigado ao Augusto de Franco (Escola de Redes {1}) por mais esta pérola que adorei conhecer.
{1} Comentário de Augusto de Franco 1 dia atrás (21/04/2010)
De Buda não falo, depois de meu esforço de matá-lo. Mas a essência da não-ação (ativa, não ativista) é a vida comum: " - Você já comeu sua farinha de arroz hoje? - Já! - Então vai lavar a tigela".
Do ponto de vista das nossas reflexões aqui (vamos dizer assim): desistir é desobedecer no cotidiano.
Do ponto de vista das nossas reflexões aqui (vamos dizer assim): desistir é desobedecer no cotidiano.
Killing the Buddha (Matar o Buda) é uma revista sobre religião feita para pessoas angustiadas pelas igrejas, pessoas com vergonha de ser apanhadas na seção "espiritualidade" de uma livraria, as pessoas tanto hostil como desenhadas para falar de Deus. É para pessoas que de alguma forma querem ser religiosas, que querem saber o que significa conhecer o divino, mas por boas razões não o são e não o fazem. Se os religiosos vieram ao próprio discurso religioso é porque eles só tiveram lugares onde a linguagem religiosa poderia ser falada e compreendida. Agora há um fórum para os supostos não-religiosos pensar e falar sobre o que a religião é, não é, nem poderia ser. Isto é Killing the Buddha (Matar o Buda).
A idéia de "matar o Buda" vem de uma famosa linha Zen, o contexto do que é fácil imaginar: Depois de anos em sua almofada, um monge tem o que ele acredita ser uma descoberta: um vislumbre do nirvana, o Buddhamind, o grande prêmio. Relatando a experiência ao seu mestre, porém, ele é informado de que o que havia acontecido é parte do curso, nada de especial, talvez até mesmo prejudicial para a sua busca. E então o mestre dá ao estudante o conselho desanimador: Se você encontrar o Buda, diz ele, mate-o.
Por que matar o Buda? Porque o Buda que você encontrou não é o verdadeiro Buda, mas uma expressão de seu desejo. Se este Buddha não é morto, ele só vai ficar no seu caminho.
Por que matar o Buda? Para nossos propósitos, matar o Buda é uma metáfora para mover-se além da complacência da crença, para lutar / lidar honestamente com a idéia de Deus. Como pessoas que tomam a fé a sério, somos infinitamente atônitos e enfurecidos que o discurso religioso tenha se tornado tão sem derramamento de sangue, provinciano e entediante. Qualquer Deus que valha o nome não é nenhuma dessas coisas. No entanto, quando as pessoas falam sobre Deus, eles estão falando principalmente sobre o Buda que elas encontram. Por medo de parecerem intolerantes ou incertas, ou apenas por falta de reflexão, falam de um Deus pequeno demais para ser Deus.
Killing the Buddha (Matar o Buda) é encontrar uma forma de ser religioso quando todos somos tão auto-conscientes e auto-absorvidos. Conhecendo mais do que nunca sobre nós mesmos e a forma como o mundo funciona, que não ganhamos nada com a nostalgia de um tempo quando a crença era simples, e menos ainda em insistir que agora seja como aquele tempo. Killing the Buddha (Matar o Buda) irá questionar. Como podemos ser religiosos sem deixar parte de nós na porta da igreja ou do templo? Como podemos amar a Deus, quando nós sabemos que não importa se o fazemos? Chame-o de Deus para os ímpios. Chame-o de a busca de um Deus em que podemos acreditar: Um Deus que não será um constrangimento em doze mil anos. Um Deus de que possamos falar sem qualificações.
Killing the Buddha (Matar o Buda) insiste que, se a religião importa enfim, ela importa o suficiente para ser assumida como tarefa. Acreditamos que é hora de um novo cânone ser criado, e que a Web é o lugar correto para buscá-la. Nós nos recusamos a aceitar a Internet como um shopping center do mundo inteiro. Sabemos intuitivamente pode ser uma espécie de catedral do Talmude, um instrumento de transcendência feito de palavras. Estamos aqui para construi-lo. Se o resultado final se parece mais com Babel do que com a Cidade de Deus, que assim seja. Babel, afinal, chegou perto.
Por que matar o Buda? Porque o Buda que você encontrou não é o verdadeiro Buda, mas uma expressão de seu desejo. Se este Buddha não é morto, ele só vai ficar no seu caminho.
Por que matar o Buda? Para nossos propósitos, matar o Buda é uma metáfora para mover-se além da complacência da crença, para lutar / lidar honestamente com a idéia de Deus. Como pessoas que tomam a fé a sério, somos infinitamente atônitos e enfurecidos que o discurso religioso tenha se tornado tão sem derramamento de sangue, provinciano e entediante. Qualquer Deus que valha o nome não é nenhuma dessas coisas. No entanto, quando as pessoas falam sobre Deus, eles estão falando principalmente sobre o Buda que elas encontram. Por medo de parecerem intolerantes ou incertas, ou apenas por falta de reflexão, falam de um Deus pequeno demais para ser Deus.
Killing the Buddha (Matar o Buda) é encontrar uma forma de ser religioso quando todos somos tão auto-conscientes e auto-absorvidos. Conhecendo mais do que nunca sobre nós mesmos e a forma como o mundo funciona, que não ganhamos nada com a nostalgia de um tempo quando a crença era simples, e menos ainda em insistir que agora seja como aquele tempo. Killing the Buddha (Matar o Buda) irá questionar. Como podemos ser religiosos sem deixar parte de nós na porta da igreja ou do templo? Como podemos amar a Deus, quando nós sabemos que não importa se o fazemos? Chame-o de Deus para os ímpios. Chame-o de a busca de um Deus em que podemos acreditar: Um Deus que não será um constrangimento em doze mil anos. Um Deus de que possamos falar sem qualificações.
Killing the Buddha (Matar o Buda) insiste que, se a religião importa enfim, ela importa o suficiente para ser assumida como tarefa. Acreditamos que é hora de um novo cânone ser criado, e que a Web é o lugar correto para buscá-la. Nós nos recusamos a aceitar a Internet como um shopping center do mundo inteiro. Sabemos intuitivamente pode ser uma espécie de catedral do Talmude, um instrumento de transcendência feito de palavras. Estamos aqui para construi-lo. Se o resultado final se parece mais com Babel do que com a Cidade de Deus, que assim seja. Babel, afinal, chegou perto.
Obrigado pela leitura.
Manifesto
Killing the Buddha is a religion magazine for people made anxious by churches, people embarrassed to be caught in the “spirituality” section of a bookstore, people both hostile and drawn to talk of God. It is for people who somehow want to be religious, who want to know what it means to know the divine, but for good reasons are not and do not. If the religious have come to own religious discourse it is because they alone have had places where religious language could be spoken and understood. Now there is a forum for the supposedly non-religious to think and talk about what religion is, is not and might be. Killing the Buddha is it.
The idea of “killing the Buddha” comes from a famous Zen line, the context of which is easy to imagine: After years on his cushion, a monk has what he believes is a breakthrough: a glimpse of nirvana, the Buddhamind, the big pay-off. Reporting the experience to his master, however, he is informed that what has happened is par for the course, nothing special, maybe even damaging to his pursuit. And then the master gives the student dismaying advice: If you meet the Buddha, he says, kill him.
Why kill the Buddha? Because the Buddha you meet is not the true Buddha, but an expression of your longing. If this Buddha is not killed he will only stand in your way.
Why Killing the Buddha? For our purposes, killing the Buddha is a metaphor for moving past the complacency of belief, for struggling honestly with the idea of God. As people who take faith seriously, we are endlessly amazed and enraged that religious discourse has become so bloodless, parochial and boring. Any God worth the name is none of these things. Yet when people talk about God they are talking mainly about the Buddha they meet. For fear of seeming intolerant or uncertain, or just for lack of thinking, they talk about a God too small to be God.
Killing the Buddha is about finding a way to be religious when we’re all so self-conscious and self-absorbed. Knowing more than ever about ourselves and the way the world works, we gain nothing through nostalgia for a time when belief was simple, and even less from insisting that now is such a time. Killing the Buddha will ask, How can we be religious without leaving part of ourselves at the church or temple door? How can we love God when we know it doesn’t matter if we do? Call it God for the godless. Call it the search for a God we can believe in: A God that will not be an embarrassment in twelve-thousand years. A God we can talk about without qualifications.
Killing the Buddha insists that if religion matters at all it matters enough to be taken to task. We believe it’s high time for a new canon to be created, and that the Web is just the place to collect it. We refuse to accept the internet as a world wide shopping mall. We know intuitively it can be a sort of Talmudic cathedral, a tool of transcendence made of words. We’re here to build it. If the end result looks more like Babel than the City of God, so be it. Babel, after all, came close.
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