sexta-feira, 16 de abril de 2010

NÃO-VIOLÊNCIA se "planta" na infância para colher na adolescência e maturidade - Ou de como melhorar a SEGURANÇA na Sociedade


NÃO-VIOLÊNCIA se "planta" na infância para colher na adolescência e maturidade - Ou de como melhorar a SEGURANÇA na Sociedade


Car@s.

      (Reflexões motivadas pelos dois últimos comentários do Gilberto Dimenstein, na Rádio CBN - links para áudio abaixo).

     Aprende-se mais facilmente:

·         COMPREENSÃO ao ser COMPREENDID@
·         RESPEITO ao ser RESPEITAD@
·         TOLERÂNCIA ao ser TOLERAD@
·         NÃO-VIOLÊNCIA não sendo VIOLENTAD@  (física, verbal ou moralmente)

    PRINCIPALMENTE DOS 0 aos 6 ANOS => ATENÇÃO a este ponto PAIS e CUIDADORES de Crianças (creches, familiares)

   Assim evita-se a necessidade de re-educação (medidas sócio-educativas, prisão, terapia, sofrimento pessoal nos relacionamentos humanos) que tem sempremaiores custos para Indivíduos e Sociedades. E maiores riscos de não funcionar.

   Ou, como expresso na Sabedoria Popular:


  •   “É de pequeno que se torce o pepino”

  •   “Melhor prevenir que remediar”

     Muitos de nós temos nos cobrado, mutuamente, sobre a SOCIEDADE que temos. Principalmente em relação ao tema SEGURANÇA.
     Creio que será mais eficaz se nos ajudarmos / cobrarmos sobre que ADOLESCENTES / CRIANÇAS estamos deixando / formando para nossa SOCIEDADE (notem que não disse FILHOS: neste ponto concordo com a Sabedoria Tribal que atribui a formação das pessoas a COLETIVIDADE, não apenas aos PAIS afetivos ou biológicos).

    Deduzo que o Método São Francisco [1] é mais EFICAZ / EFICIENTE / FECUNDO / PRODUTIVO do que o tradicional Método Olho por Olho, Dente por Dente [2] se visamos Sociedades mais Ricas, principalmente em Capital Social [3]. A única vantagem que identifico no Método Olho por Olho, Dente por Dente é ser mais instintivo, mais próximo de um comportamento animal, não exigindo DISCIPLINA e REFLEXÃO para sua aplicação.
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Para saber mais:

Gilberto Dimenstein – CBN  (áudio)


Sexta, 16/04/2010
Crianças que apanham se tornam mais agressivas



 

Cadernos de Saúde Pública

Print version ISSN 0102-311X

Cad. Saúde Pública vol.6 no.3 Rio de Janeiro Sept. 1990

doi: 10.1590/S0102-311X1990000300005 

ANÁLISE/ANALYSIS


 A violência na adolescência: um problema de saúde pública1


Maria Cecília de Souza Minayo
Professora Visitante da Ensp—Fiocruz

RESUMO
Este artigo trata da problemática da violência na adolescência, fenômeno extremamente grave hoje, do ponto de vista social e de saúde pública. 

Procura-se mostrar que a "adolescência" como etapa biológica da vida possui, na sua configuração, um peso social fundamental. Não existe adolescência em geral, assim como não há violência em geral. 


Tomando como base a classificação da Organização Mundial da Saúde, constata-se que as "causas externas" constituem a primeira causa de morte na faixa etária de 5 a 14 anos (46,5%) e dos jovens de 15 a 29 anos (64,4%), no conjunto das causas de mortalidade desses grupos de idade.




ABSTRACT
The present article deals with the problem of violence in adolescence, an extremely serious problem from the social and public health point of view. 

On attempt is made to show that "adolescence" as a biological stage of our lives, has a fundamental social weight in its configuration. There is no general adolescence, just as there is no general violence. 


Based on the classification of the World Health Organization, it was found out that "external causes" constitute the major death cause in age groups of 5-14 (46,5%) and 15-29 (64,4%)in the overall death causes among these age groups.


INTRODUÇÃO


Então comecei a questionar a possibilidade de falar dos jovens do mundo, ou da juventude contemporânea: o que existe de comum no adolescente camponês, seminu, desnutrido, estranho em sua terra, na terra de seus antepassados, errante e náufrago de sua própria cultura, com o jovem de Boston, Los Angeles ou com o adolescente dos subúrbios da cidade do México, Bogotá e Buenos Aires? Que tinha em comum esse garoto de cabelo comprido, moreno, fraco e adormecido para sempre no anfiteatro de Manágua (com as mãos crispadas pelo último disparo e um infindável sorriso de incredulidade ante a morte) com aquele outro jovem que vi entrar no hospital de Nova York, para ser tratado de um problema de superalimentação (excesso de proteínas, vitaminas, etc )? Muito pouco. Realmente muito pouco.
André Vernot


É muito importante que, num Fórum de debate sobre a saúde do adolescente, a questão da violência seja colocada, embora essa abordagem no campo da saúde seja ainda hoje muito limitada. A análise da morbi-mortalidade é feita através da Classificação Internacional das Doenças da Organização Mundial da Saúde (CDD — 9, 1975) como "causas externas": causas não-naturais — lesões e envenenamentos — que afetam as pessoas, bem como todos os tipos de acidentes e violências que originam essas lesões.


A mortalidade por causas externas constitui-se hoje no terceiro grupo de causas no conjunto da mortalidade geral no Brasil, portanto como um grave problema de Saúde Pública. É esse mesmo grupo de causas que explica, respectivamente, 46,5% das mortes na faixa etária de 5 a 14 anos e 64,4% da morte dos jovens de 15 a 29 anos (Szwarcwald, 1989), sendo nesses segmentos etários a primeira causa de morte. São dados estarrecedores que apresentamos em tabelas, a seguir, como pano de fundo para uma reflexão mais reveladora.
Evidentemente que esse grupo de causas não consegue dar conta de todos os tipos de violência que nossa consciência social conhece. No entanto, constituem parâmetros importantes para pensarmos, do ponto de vista da saúde, tanto a "previnibilidade" como a "previsibilidade" das ações, como chama a atenção Mefio Jorge (1988).


1) A etapa da vida humana de maior risco de mortes por causas violentas éade10 a 19 anos, portanto a adolescência.


2) Os meninos estão sempre mais vulneráveis que as meninas, numa relação de 10 para 1 a 2.


3) Os homicídios e acidentes de trânsito concorrem entre si como motivos para a morte dos adolescentes e, curiosamente, os suicídios — que nas nossas estatísticas não possuem um grau de significância considerável — também ocorrem com maior freqüência no grupo masculino de 10 a 14 anos.


4) Dentro dos dois sexos, a mortalidade por causas externas é crescente nas faixas de mais idade.


5) A mortalidade por homicídio na adolescência, no Brasil, tem sua relevância maior no eixo Rio—São Paulo, as duas maiores metrópoles do país, e é preocupante e crescente em Recife.


6) A magnitude da mortalidade por causas externas em adolescentes é extremamente alta nos municípios das capitais dos estados das regiões Sudeste e Sul e é muito mais significativa nas áreas urbanas que no interior.


Como se pode ver, os quadros e tabelas de mortalidade sobre o tema que aqui nos preocupa já podem ser montados com uma certa precisão, embora todos os epidemiologistas se queixem das dificuldades que encontram para estabelecer a fidedignidade dos dados. Do ponto de vista da morbidade e do custo social, pouco se tem conseguido. Vários autores calculam que a morbidade gerada pela violência chega a ser 200 a 400 vezes maior do que a mortalidade (Mello Jorge, 1988, 16).


Texto completo:


Cadernos de Saúde Pública

Print version ISSN 0102-311X

Cad. Saúde Pública vol.10  suppl.1 Rio de Janeiro  1994

doi: 10.1590/S0102-311X1994000500008 

ARTIGO ARTICLE
 Crianças e adolescentes violentados: passado, presente e perspectivas para o futuro
 Abused children and adolescents: past, present, and prospects for the future


 Simone G. de Assis


Centro Latino-Americano de Estudos Sobre Violência e Saúde da Escola Nacional de Saúde Pública. Av. Brasil, 4036, Prédio de Expansão do Campus, sala 702, Rio de Janeiro, RJ, 21040-361, Brasil


RESUMO


O presente trabalho aborda o tema da violência em crianças e adolescentes, com base na revisão da literatura e de pesquisas, visando subsidiar a abordagem do problema no campo da Saúde Pública. Constata que esta violência está presente desde os mais antigos registros históricos, apontando a criança ora como vítima, ora como autora. Apresenta dados para o Brasil, nas décadas de 80 e 90, abrangendo a morbi-mortalidade e especificando as múltiplas formas de violência. Aponta a perspectiva para o futuro, que é a da prevenção, já sendo utilizada com sucesso em alguns países. Enfatiza a necessidade da sensibilização, notificação e reabiliatação sobre a violência.


Palavras-Chave: Violência; Crianças; Adolescentes; Morbidade; Mortalidade

ABSTRACT
This study deals with violence committed against children and adolescents, based on a review of the literature, in order to support an aproach to this problem by the field of public health. It demonstrates that violence has been present since the beginning of history, and that children have sometimes been the victims and sometimes the aggressors. The article presents Brazilian data from the 1980s and 1990s, dealing with morbidity and mortality and specifying multiple forms of violence. It calls attention to prevention as the focus for the future and as a present reality in some countries. It also emphasizes the need for awareness-raising, reporting, and rehabilitation for cases of violence.


Key words: Violence; Children; Adolescents; Morbidity; Mortality

 INTRODUÇÃO


A violência sobre crianças e adolescentes acompanha a trajetória humana desde os mais antigos registros. Inumeráveis são as formas pelas quais se expressa, adaptando-se às especificidades culturais e às possibilidades de cada momento histórico. Os diversos tipos de violência costumam se expressar associadamente, conformando uma rede onde se interligam as várias violências oriundas do sistema social com aquelas praticadas no nível das relações interpessoais. Ademais, as vítimas podem se tornar agressoras, evidenciando a complexa e infindável trama existente.


O conhecimento que hoje se possui a respeito da violência ainda está em processo de construção, em função da complexidade do tema. Uma parcela significativa deste saber origina-se dos documentos históricos, que são a fonte primeira deste conhecimento. Alguns relatos evidenciam o quão arraigadas estão as formas de violência dirigidas para crianças no comportamento humano. O assassinato de crianças e adolescentes é dos temas mais citados, abrangendo o infanticídio, termo usado para crianças pequenas mortas pelos pais, e os homicídios. A prática do infanticídio era aceita pelas sociedades antigas, sendo facultado aos pais greco-romanos aceitar ou renegar o filho recém-nascido, condenando-o à morte (Veyne, 1992). Nos momentos de escassez do povo hebreu, a alternativa de comer os filhos mais novos é mencionada: "Dá cá o teu filho para que hoje o comamos, e amanhã comeremos o meu filho. Cozemos pois, o meu filho, e o comemos" (II Reis 6: 26-29).


Com o passar dos anos, estes comportamentos começaram, paulatinamente, a suscitar sanções da sociedade, demonstrando uma crescente conscientização do direito das crianças à vida. Nos anos de 315-329 d.C. criou-se, na Itália, uma lei que propunha sujeitar as mãos dos pais para afastá-los do infanticídio (Lyman, 1982). Em 374 d.C. considera-se o infanticídio pecado capital, porém fora da alçada política. No ano de 830 d.C., uma mulher que mate um recém-nascido ou tente abortar deve ser excomungada, mas os sacerdotes podem reduzir o castigo na prática e impor penitência por um decênio. Apenas no início do século XII, a Inglaterra promulga a primeira lei que considera a morte de crianças por nutrizes ou professores como igual ao homicídio de adulto.


A violência dos pais e responsáveis frente à desobediência infanto-juvenil é também tema repetidamente considerado. Uma lei hebraica do período 1250-1225 a.C. instrui que, caso os filhos não dêem ouvidos às recomendações paternais, cabe aos anciãos da cidade puni-los, expondo-os para que sejam apedrejados pelos homens até à morte (Deuteronômio 21: 18-21).


Os séculos primeiros da era cristã trouxeram uma tênue modificação quanto à disciplina na educação, trazida pelos clérigos, outrora sofredores de uma rígida educação punitiva: "é preferível que em todo o momento temam os golpes, mas sem recebê-los" (Lyman, 1982: 110). Ou então: "pegar com vara de vime suave e flexível, ou puxar com força pelo cabelo. Às crianças nunca se deve castigar com pontapés, nem com punhos ou a palma da mão aberta, nem de nenhuma outra forma" (Mc Laughlin, 1982: 184).


O problema da disciplina não é a única dificuldade na vida em família. A rivalidade entre irmãos também é muitas vezes relatada. A vida do padre Damian, nascido em 1007 d.C. órfão e criado pelo irmão, diz que "comia restos, andava descalço, vestia farrapos e recebia golpes e pontapés, submetendo-se a este trato brutal durante anos" (Mc Laughlin, 1982: 126).


Violência ainda mais atroz é aquela vivenciada pelas crianças abandonadas, vítimas preferenciais de quase todas as formas de violência. Chamousett, em 1756, descreve a respeito das 12.000 crianças abandonadas de Paris (Badinter, 1985: 158): "morrem como moscas, sem nenhum lucro para o Estado. Pior ainda, representam um ônus para a nação, obrigada a mantê-las até que morram". Este autor idealiza uma utilização militar para essas crianças, já que não têm "pais, sem apoio algum além do que um sábio governo lhes proporciona, elas não têm ao que se apegar, e nada a perder. Poderia a própria morte parecer temível a esses homens a que nada parece prender à vida" (Badinter, 1985: 156).


A criança vista não apenas pela violência que sofre, mas pela que também pratica, é outro drama muito vivenciado e documentado. O tema da infração juvenil já preocupava a sociedade greco-romana. Rapazes ricos tinham o hábito de percorrer as ruas aos bandos, à noite, espancando ou maltratando os burgueses e destruindo lojas. Na primeira falta descoberta, a punição era a admoestação pelo governador; caso reincidissem, eram açoitados e soltos (Veyne, 1992).


As violências acima mencionadas representam apenas uma pequena parcela daquelas vivenciadas através dos séculos. Todavia, com o passar do tempo, estas e tantas outras violências continuam presentes na vida cotidiana das crianças de todos os países do mundo. Naqueles onde o desenvolvimento da cidadania e a conscientização dos direitos se deram mais precocemente, alguns tipos de violência foram minorados, porém não foram de forma alguma extintos.


No Brasil, país em que apenas recentemente se iniciou uma conscientização a este respeito, agregam-se às violências citadas outras tantas, características deste tempo e desta sociedade excludente e desigual.


O estudo da violência contra crianças na sociedade brasileira atual deve ser abordado por duas vertentes. A primeira, mais mensurável, se refere aos eventos fatais, denominados causas externas (ou violentas), entre as quais se incluem os homicídios, suicídios e acidentes. Na segunda vertente encontram-se variadas formas de violência que, embora potencialmente levem à morte, comumente não o fazem. O perfil da infância e da adolescência brasileiras, desafortunadamente no que se refere à violência, assemelha-se a uma teia em que, ao se puxar um fio, percebe-se sua ligação com toda a unidade.

A SOCIEDADE BRASILEIRA: DÉCADAS DE 80 E 90


Texto completo:


[1] Método São Francisco

ORAÇÃO DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS  
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Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor,
Onde houver ofensa , que eu leve o perdão,
Onde houver discórdia, que eu leve a união,
Onde houver dúvida, que eu leve a fé,
Onde houver erro, que eu leve a verdade,
Onde houver desespero, que eu leve a esperança,
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria,
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre, fazei que eu procure mais
consolar que ser consolado;
compreender que ser compreendido,
amar, que ser amado.
Pois é dando que se recebe
é perdoando que se é perdoado
e é morrendo que se nasce para a vida eterna...

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[2] Método Olho por Olho, Dente por Dente

Lei de talião

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


A lei de talião omem era um h  (do latim lex talionis: lex: lei e talis: tal, parelho que reflete tudo), também dita pena de talião, consiste na rigorosa reciprocidade do crime e da pena — apropriadamente chamada retaliação. Esta lei é frequentemente expressa pela máxima olho por olho, dente por dente. É uma das mais antigas leis existentes.

Índice

·         1 Origem
·         2 Definição e métodos
·         3 Antecedentes
·         4 Veja também

[editar]Origem

Os primeiros indícios da lei de talião foram encontrados no Código de Hamurabi, em 1780 a.C., no reino da Babilônia. Essa lei permite evitar que as pessoas façam justiça elas mesmas, introduzindo, assim, um início de ordem na sociedade com relação ao tratamento de crimes e delitos, "olho por olho, dente por dente".
Escreve-se com inicial minúscula, pois não se trata, como muitos pensam, de nome próprio. Encerra a idéia de correspondência de correlação e semelhança entre o mal causado a alguém e o castigo imposto a quem o causou: para tal crime, tal pena.
O criminoso é punido taliter, ou seja, talmente, de maneira igual ao dano causado a outrem. A punição era dada de acordo com a categoria social do criminoso e da vítima.
Texto completo:


[3] Capital Social

Capital social

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

A definição econômica para capital social refere-se às normas que promovem confiança e reciprocidade na economia (Francis Fukuyama (1999), Robert Putnam (1993)) e Patrick Hunout (1995-1996). É constituída por redes, organizações civis e pela confiança compartilhada entre as pessoas, fruto de sua própria interação social. No estudo do Capital Social, é importante compreender a natureza e funcionamento de uma comunidade de prática

Índice

·         1 Definições
·         2 História do termo
·         4 Referências
·         5 Ligações externas

[editar]Definições

Normalmente, o capital social refere-se ao valor implícito das conexões internas e externas de uma rede social. No entanto, é comum encontrarmos uma grande variedade de definições inter-relacionadas do termo. Tais definições tendem a partilhar a idéia central de "que as redes sociais têm valor econômico". Da mesma maneira que uma chave de fenda (que é um exemplo de capital físico) ou a educação escolar (que é formadora de capital humano) podem aumentar a produtividade de indivíduos e organizações, os contatos sociais e a maneira como estes se relacionam também são fatores de desenvolvimento econômico.

História do termo

A primeira utilização conhecida do conceito foi feitas por LJ Hanifan, supervisor estadual de escolas rurais no estado de West Virginia, nos EUA. Escrito em 1916 para exortar a importância do envolvimento da comunidade para o sucesso escolar, Hanifan invocou a idéia de "capital social" para explicar a razão.
Para Hanifan, capital social refere-se a:
...às coisas intangíveis [que] são importantes para o cotidiano das pessoas: boa vontade, amizade, solidariedade, interação social entre os indivíduos e as famílias que compõem uma unidade social .... Uma pessoa apenas [não] existe socialmente, se deixada à si próprio... Mas se ela entrar em contato com o seu vizinho, e estes com outros vizinhos, haverá uma acumulação de capital social, que pode imediatamente satisfazer suas necessidades sociais e que podem ostentar uma potencialidade social suficiente para a melhoria substancial da comunidade, para as condições de vida de toda a comunidade. A comunidade como um todo se beneficiará pela cooperação de todas as suas partes, enquanto que o indivíduo vai encontrar nas suas associações as vantagens da ajuda, da solidariedade... bem como seu vizinho no clube."
Embora vários aspectos do conceito tenham sido abordados por todas as áreas das ciências sociais, alguns traçam o uso moderno do termo até Jane Jacobs, na década de 1960. No entanto, ela não explicitamente definia capital social em seu uso do termo em um artigo em que tratava do valor das redes.
O cientista político Robert Salisbury avançou o termo como um componente crítico de interesse grupo formação em 1969 seu artigo "An Exchange Theory of Interest Groups" no Midwest Oficial de Ciências Políticas.Pierre Bourdieu usou o termo em 1972, no seu Esboço de uma Teoria da Prática, e clarificou a expressão alguns anos mais tarde, em contraste com o cultural, econômico e simbólico capital. Em finais dos anos 1990, o conceito ganhou popularidade, servindo como o foco de um programa de investigação do Banco Mundial e do principal tema de vários livros mainstream, incluindo Robert Putnam's Bowling Alone.
O conceito que está subjacente capital social tem uma história muito mais tempo; pensadores explorar a relação entre a vida associativa e à democracia estava usando conceitos semelhantes regularmente pelo século 19, com base na obra de escritores como o anterior James Madison (A federalista Papers), Alexis de Tocqueville (Democracia na América) para integrar conceitos de coesão social e conexidade pluralista na tradição americana em ciência política. John Dewey pode ter feito a primeira direta mainstream utilização de "capital social" A Escola e na Sociedade, em 1899, embora ele não oferecem uma definição.

[editar]Capital Social e Desenvolvimento Organizacional

Segundo o antropologo organizacional Ignacio García da Universidade de Buenos Aires, o termo Capital Social refere às redes de relacionamento baseadas na confiança, cooperação e inovação que são desenvolvidas pelos indivíduos dentro e fora da organização, facilitando o acesso à informação e ao conhecimento.
Tais redes podem adotar um caráter formal (determinadas pelos laços hierárquicos, próprios do organograma formal), mas, sobretudo, são de natureza informal, envolvendo laços horizontais (entre pares) e diagonais (entre colaboradores de distintas áreas e stakeholders).
Em suma, segundo o autor: "... o Capital Social é a amálgama que interconecta as várias formas do Capital Humano, criando o ativo intangível mais valioso das organizações: a redes humanas de trabalho."[1]
Os benefícios da gestão estrategica do Capital Social para os executivos foram brilhantemente identificados pelo sociólogo Ronald Burt da Universidade de Chicago. Burt conduziu investigações que analisaram as estruturas de rede do capital social de colaboradores chaves em distintas organizações.
Ele chegou à conclusão de que aqueles executivos que desenvolvem Capital Social de qualidade – criando “pontes” com pessoas e grupos em regiões estratégicas das suas redes, denominadas por Burt como “buracos estruturais” (structural holes) - se destacam marcadamente de seus pares nos seguintes aspectos:
- obtém promoções mais velozmente;

- são avaliados de maneiras mais satisfatórias;

- aprendem mais sobre o ambiente organizacional e o mercado no qual atuam;

- melhoram a eficácia e a eficiência das equipes que integram e dirigem;

- contribuem mais com o bem comum organizacional.

Referências

[editar]Ligações externas


Fonte::

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