quinta-feira, 15 de abril de 2010

Um comentário – na CBN – traz LUZ a respeito dos INTERESSES que se escondem nas SOMBRAS de nosso Setor Elétrico – Grandes Hidroelétrico x Eólica x Solar


Um comentário – na CBN – traz LUZ a respeito dos INTERESSES que se escondem nas SOMBRAS de nosso Setor Elétrico – Grandes Hidroelétrico x Eólica x Solar

Alguns pontos que chamaram minha atenção:

“A China acelera para o século XXI, com energia eólica e solar – tornou-se o maior produtor mundial de painéis solares e turbinas eólicas (tecnologias da econômia de baixo carbono). Enquanto isso nossas “autoridades do setor elétrico” põem o pé no acelerador (do PAC) tomando o caminho do Século XIX –as grandes centrais hidroelétricas e termo-elétricas (tecnologias da econômia de alto carbono)

“A China instalou muitos Megawatts em Energia Eólica e Solar enquanto o Brasil discutia a instalação de  quantidade menor de Energia Hidroelétrica na Amazônia.”

“A viabilidade econômica de Belo Monte, Jirau e Santo Antônio, a “luz dos olhos” do PAC elétrico, não considera os custos dos imensos linhões de transmissão necessários para trazer esta energia, do século XIX, para os grandes centros consumidores.”

“A conclusão que tiro do comentário do Sérgio Abranches - CBN  Ecopolítica - é que a China investe em Energia visando seus Cidadãos e oDesenvolvimento de Novas Tecnologias. Já o Brasil investe em Energia visando o interesse de seus Empreiteiros e Políticos!”. 

E nós, os financiadores do Tesouro Nacional, via nossos Impostos, utilizados para Capitalizar o BNDES [1] e pagar todos estes Investimentos, o que pensamos?

[1] Como ser Capitalista no Brasil: 
  • BNDES é sócio, em mais de 2/3 do Capital dos projetos, assumindo a maior parte dos riscos, 
  • Tesouro Nacional subsidia, via Isenção de Impostos e 
  • os Consumidores de Energia pagam um dos maiores preços do mundo por esta Energia.


01/04/2010
BNDES prepara crédito especial para Belo Monte
...ampliado em até 5 anos. A participação do banco também deve ser maior do que a acertada para Santo Antonio (65,7%) e Jirau (68,5%), as duas hidrelétricas de Rondônia. Mas não muito além. O limite de exposição do banco em um único projeto...








[2]  Sobre custos e preços de Energia, no Brasil e no Mundo
A tabela abaixo apresenta alguns valores de custo de produção de energia elétrica nos diversos tipos de usinas. A eletricidade produzida em usinas hidráulicas são as mais baixas do mundo e ainda vale a máxima em que a escala diminui o custo.
CUSTO MÉDIO DE PRODUÇÃO, EM US$, POR KILOWATT INSTALADO (dados de março de 2001)
Energia NuclearUS$ 10.000
Energia TérmicaUS$ 5.000
Energia Hidráulica (micro usina)US$ 1.600
Energia Hidráulica (mini usina)US$ 800
Energia Hidráulica (grades usinas)US$ 400

Como você pode verificar acima, o custo de produção de eletricidade a partir da energia hidráulica é a mais baixa de todas as formas de geração de eletricidade. No Brasil, cerca de 97% da eletricidade é gerada em usinas hidro-elétricas.Na economia globalizada que vivemos no mundo de hoje, deveríamos tirar proveito disso e dar preferência a produtos com alto valor agregado de eletricidade. Seríamos imbatíveis no mundo.
Em vez disso, existem empresáriso que ainda teimam em dar preferência a processos com alta agregação de mão de obra, que no caso brasileiro é uma das mais caras do mundo.
TARIFA MÉDIA DAS CONCESSIONÁRIAS
(custo do kilowatt hora)
Tarifa média na EuropaUS$ 0,115
Tarifa média nos Estados UnidosUS$ 0,080
Tarifa média no BrasilPegue a sua Conta de Luz e descubra você mesmo
Na sua conta de luz, pegue o que você pagou (Total Pago) e divida pelo consumo (Consumo do Mês)

3. Cálculo da conta de energia no município de São Paulo 

Fonte: http://www.dieese.org.br/rel/icv/notaLuz.xml


A conta mensal dos consumidores no município de São Paulo é calculada com base em faixas de consumo, dentro das quais são aplicadas tarifas (R$/Kwh) crescentes, conforme indicado na tabela abaixo.

Tabela 2 - Tabela Tarifária na área de distribuição da ELETROPAULO
Faixa de Consumo
Tarifa R$/Kwh
Observação
Até 30 Kwh
0,0631
Tarifa sobre o total consumido
30 a 100 Kwh
0,1082
Cálculo em cascata - Tarifa aplicada sobre o consumo nesta faixa
100 a 200 Kwh
0,1623
Cálculo em cascata - Tarifa aplicada sobre o consumo nesta faixa
200 a 220 Kwh
0,1804
Cálculo em cascata - Tarifa aplicada sobre o consumo nesta faixa
Acima de 220 Kwh
0,1804
Tarifa sobre o total consumido, sem cascata
Fonte : ELETROPAULO - tarifas sem ICMS
O preço da energia elétrica (R$/Kwh) varia conforme a quantidade consumida. Tarifas maiores são aplicadas à medida que aumenta o consumo. Quem consome mais paga mais caro pelo Kwh adicional consumido. 


[3] 

Energia solar no Brasil pode ser vantajosa a partir de 2013


Arley Reis - 02/10/2008
Energia solar no Brasil pode ser vantajosa a partir de 2013
Telhados solares poderão gerar energia elétrica com custo similar ao da energia convencional a partir de 2013.[Imagem: Labsolar/UFSC]

Pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina mostraram que, entre 2012 e 2013, algumas regiões do Brasil já poderão ter preços equivalentes de energia fotovoltaica e energia convencional.
Programa Solar Brasileiro
Os dados são resultado de simulações de cenários para um eventual Programa Solar Brasileiro. As simulações identificam, entre diversos itens, o custo total do programa, o impacto tarifário que terá através da diluição dos custos aos consumidores finais e o momento em que o preço da energia fotovoltaica e da energia convencional será o mesmo para o usuário final.
De acordo com o coordenador dos trabalhos, o professor Ricardo Rüther, foram realizadas simulações para diferentes portes de programa, taxas internas de retorno ao investidor, duração e período de pagamento da tarifa-prêmio. As simulações visam atingir um modelo que seja interessante o suficiente para atrair investidores e que ao mesmo tempo não tenha um impacto tarifário de grande magnitude para o usuário final.
A proposta é inspirada na experiência da Alemanha, país com o mais bem-sucedido mecanismo de incentivo às fontes renováveis de energia. Ela segue os pontos positivos do Renewable Energy Sources Act e adapta os pontos que não estão de acordo com a realidade brasileira.



Ouça o comentário que provocou esta pesquisa em:
Quinta, 15/04/2010
Por que não produzir energia eólica?

Comentários anteriores:
·         Quarta, 14/04/2010
Aquecimento global, derretimento de geleiras e tsunamis
·         Segunda, 12/04/2010
Reunião de negociação do clima teve diversos conflitos
·         Sexta, 09/04/2010
Caso de Niterói é também uma tragédia ambiental

+Informações:



14/04/2010
Belo Monte tem prazo de inscrição prorrogado
...como um desconto de 75% no Imposto de Renda, durante dez anos, benefício que já é usado nas usinas de Santo Antonio e Jirau, no Rio Madeira (RO). Outro mecanismo em estudo seria a Aneel aprovar um parecer técnico sobre o chamado "swap de energia...

13/04/2010
Fundos vão se dividir no leilão de Belo Monte
...operar a usina teria desconto no Imposto de Renda por dez anos. Isto já ocorreu no caso das hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, no Rio Madeira, em Rondônia. A princípio, o governo estipulou que o preço da tarifa de energia cobrada pela empresa...

11/04/2010
Belo Monte vai operar com 40% do potencial
...6,5 milhões, contra R$ 4,2 e R$ 4,4 milhões em Jirau e Santo Antônio. Se o orçamento estimado pelo governo for respeitado...equivalente a 67,9% de sua potência total, de 3.150 MW. Já Jirau tem uma taxa de utilização de 59,2%. No caso de Belo Monte...

10/04/2010
Governo estuda abater imposto de Belo Monte
...no Rio Xingu (PA), o governo poderá garantir os mesmos incentivos fiscais dados às Hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, no Rio Madeira (RO). O pedido já foi encaminhado pelo consórcio liderado pela Construtora Andrade Gutierrez, o único...

09/04/2010
Governo recorre a fundos de pensão para salvar leilão de Belo Monte
...às construtoras com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Na construção das hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, o prazo de pagamento dos empréstimos foi estabelecido em 20 anos. Para financiar a construção de Belo...

08/04/10
MP e Procuradoria do Pará abrirão ação contra Belo Monte
...Votorantim e Neoenergia. Um outro consórcio, que teria como líder a Suez Energy do Brasil, vencedora do leilão da usina de Jirau (em Rondônia), poderia incentivar a disputa, mas a empresa não comenta o assunto. O presidente da Eletrobras, José...

01/04/2010
BNDES prepara crédito especial para Belo Monte
...ampliado em até 5 anos. A participação do banco também deve ser maior do que a acertada para Santo Antonio (65,7%) e Jirau (68,5%), as duas hidrelétricas de Rondônia. Mas não muito além. O limite de exposição do banco em um único projeto...

29/03/2010
'Cada um puxa para seu lado. É do jogo'
...hidrelétricas do Rio Madeira, elas reclamaram do preço-teto, que estava na casa dos R$ 100 o megawatt/hora (MWh) e, na disputa, acabaram aceitando R$ 78,8 em Santo Antônio, e R$ 71,4, em Jirau.





































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29/03/2010 - 15:44:02 

Verdades sobre os custos de Belo Monte revisados pela EPE

Artigo de Telma Monteiro
A “mexidinha” de R$ 3 bilhões a mais nos cálculos dos custos de Belo Monte não é só resultado das condicionantes exigidas na LP, como quiseram fazer crer. Os quase 74% desse valor foram adicionados à conta da construção do canteiro de obras e embutidos sub-repticiamente na esteira da licença ambiental. A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) se justificou dizendo que os cálculos foram “subestimados” pelas três maiores empreiteiras do Brasil e a Eletrobrás.

Um comentário:

ProsperoClaudio disse...

Enviado por Míriam Leitão - 20.4.2010 | 9h57m
BOM DIA BRASIL
Não há segurança fiscal no projeto de Belo Monte

MiriamLeitão.com (Blog da colunista)

http://oglobo.globo.com/economia/miriam/posts/2010/04/20/nao-ha-seguranca-fiscal-no-projeto-de-belo-monte-285208.asp

A construção da Usina de Belo Monte é polêmica, é uma obra cara. O dinheiro é do brasileiro e não há segurança fiscal no projeto, que é muito mais caro do que parece e tem muitos subsídios.

O governo paga nos seus títulos, por exemplo, 8,75% para rolar seus papéis e isso vai aumentar, pois os juros devem subir. Porém, para a obra, o estado vai emprestar dinheiro durante 30 anos, com juros de 4% ao ano. Então, há um custo fiscal. Além disso, as empresas não vão pagar imposto de renda. Ao todo, o jornal O Globo calcula em R$ 6 bilhões o custo para o contribuinte.

Há ainda a insegurança jurídica. O governo gosta de falar que é 11 mil megawatts, mas é um rio que oscila muito a quantidade de água. Especialistas, mesmos os defensores, acham que é uma usina de quatro mil megawatts. A hidrelétrica não é tão grande como parece.

Fala-se em um custo de R$ 19 bilhões, mas não se pode esquecer dos R$ 6 bilhões de subsídios. Soma-se a isso um custo de transmissão que ainda não está calculado. É uma obra muito cara. Existem outras opções mais baratas que o governo não considerou.

O setor de energia no Brasil precisa de investimento, mas isso não significa obrigatoriamente que essa usina precise ser construída. Trata-se de uma obra muito polêmica que não deveria ser feita no final do governo.

Há um link para o comentário da Miriam no telejornal Bom Dia Brasil da Rede Globo.